O que aconteceu comigo?
Peço a permissão aos
amigos espirituais se estiver dentro da programação algum relato de espírito
que queira contar sua história?
Sabemos que todo médium é
como disse o nosso querido Chico: apenas um carteiro que serve de instrumento,
fazendo essa ligação do mundo material e o espiritual, que o intercâmbio
funciona de lá para cá; somos apenas receptores sedentos por informações para
melhor agir dentro das leis divinas.
Hoje quero trazer uma
relato de um padre que viveu sua vida como grande devoto da igreja católica,
que combateu veementemente o espiritismo e todas as outras Crendices que pregavam
a vida após a morte.
Frei (nome não é importante)
- Estudei vários livros e pergaminhos, procurando refutar todas essas manifestações
diabólicas, fui preparado para exorcizar os espíritos demoníacos que perturbavam
a paz de alguns fiéis.
Redobrei em esforços em desacreditar esses charlatões
e feiticeiros que aterrorizavam pessoas com essas influências destes demônios invisíveis,
causando prostrações e dependência e até subjugação.
Fui um grande estudioso
das sagradas escrituras e usando bem suas palavras, combati o bom combate
afastando essas influência do mal.
Minhas homilias,
revestida de verdades do Cristo Pai, Cristo Filho e do Espírito Santo,
embutidas os ensinamento que nada existi além da morte a não ser a espera do
salvador que redime todos os pecados da carne.
Fiz grandes missões eucarísticas,
orientei muitos e em nome de Deus redimi seus pecados.
Sempre a frente de grande
movimentação de pessoas, que ouviam meus sermões e deles saiam aliviados de
suas dores mais profundas da alma.
Construí uma bela
história dentro da Igreja, desempenhando bem o meu papel com dedicação
integral, respeitado em meus sermões trazendo a verdade que me é justa,
aceitando os mistérios que são de Deus.
Sofri muito com as
limitações da carne, cheguei até a me cortar para evitar o desejo e muito foram
as tentações que colocaram em prova minha devoção a Deus.
Muitos anos se passaram,
muitas histórias de lugares que levei minhas pregações, criando ministérios de trabalhos
e auxílio aos mais necessitados, suprindo suas necessidades do corpo, dando o
pão da vida.
Envelheci e o tempo se
encarregou do resto, até que chegado a hora sentindo meu corpo já cansado, a
respiração ofegante, grande dificuldade em locomover-me, fazia uso de uma
bengala a caminhar pelo jardim a contemplar a grandeza do criador.
Sentei em um banco,
aliviando a dor e o peso sobre os joelhos, busco bem ao fundo, uma respiração
mais pura. A vida passou em uma breve e melancólica lembrança, revendo momentos
que fizeram diferença, que de alguma forma estavam marcados em minha memória.
Entre sorriso e lágrimas
a me perguntar questões que me aprisionam internamente, sinto um flagelo no
peito, trazendo uma dor mais aguda e sinto minhas forças se esvair e ai me
recosto profundamente em sono profundo.
O que aconteceu comigo? Estou
em um lugar sem portas e janelas e vejo apenas paisagens em quadros belíssimos,
adornados em ouro e bronze.
Ouço constante múrmuros de
preces repetidas vezes, por devotos que como eu estão presos aqui, prostrados de
joelhos com olhos fechados clamando a salvação de suas almas.
Eu não encontro em condição
de me locomover e nem consigo me expressar, os pensamentos vagão sem sentidos,
tento orar e nem isso consigo.
O que aconteceu comigo?
Porque estou neste lugar?
Sinto uma mão delicada acariciando
meus cabelos, doce flagrância de perfume de mulher, cheiro que é muito
particular.
É a minha mãe que veio me
buscar, isso eu não entendo se ela já é morta, como pode estar a me consolar?
Filho acredite, a morte
não existe; eu quero te mostrar.
Não posso! sinto que esse
sonho terrível um dia terminará.
A verdade é aquilo que
acredita, liberte dos paradigmas que criou para sua vida, para que o sol torne
a brilhar.
Queridos irmãos, fique
essa lição para os céticos, os ateus, que ainda não acredita que a morte é a
extensão da vida, na recorrência dos erros e acertos todos um dia chegaremos lá,
onde louvaremos cânticos angélicos pela conquista pessoal.
Muita Paz.
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