Ergue-te e anda - Artur Valadares
Fonte:- https://www.youtube.com/watch?v=BKDX23OwGYg
Base
para Reflexão da noite do dia 19/01/2024: Serginho no CEPAC
Ø Reflexão
compartilhada em um estudo de Artur Valadares
Ø Evangelho
de Lucas – Capítulo 13 – versículo 33
Ø Livro
dos Espíritos
Ø Livro
Pão Nosso – capítulo nº 20
Ø Livro
Fonte Viva – Capítulo 13
Ø Livro
dos Espíritos
Ø Livro
Caminho, Verdade e Vida - capitulo 84
Prezados
amigos e amigas um boa noite para todos nós, que Jesus nosso querido mestre e
amigo possa envolver a todos No Clima da sua paz do seu amor da sua
misericórdia sem fim a fim de que aqui sintamos acolhidos pela espiritualidade
presente em nome do Cristo vem espargir abundantemente as sementes de vida
eterna do Evangelho.
Que o
Cristo siga inspirar e iluminar a todos nessa sementeira, sobretudo nestes
tempos em que a luz do Consolador, se faz ainda mais viva emoldurada que está
pelos conflitos e pelas angústias que envolvem a tantos corações e
consciências, que essa Candeia Sublime que o Senhor nos ofertou, que se faz da
Clemência divina, como nos disse o espírito de verdade.
Possa
resplandecer ainda e sempre cada vez mais nestas terras, naturalmente além por
meio da chama que se acende nos corações de todos.
Que o
Senhor nos abençoe nessa noite de reflexões.
O
evangelista Lucas, no seu Capítulo
de número 13 no versículo de número 33, nos traz o registro de uma fala
do mestre naquela conhecida viagem a Jerusalém, que é registrada por Lucas em seu
evangelho. Viagem é essa, que se inicia no Capítulo de número 9 segue adiante
por vários capítulos, e nesse momento em específico, o evangelista traz-nos a
consideração do próprio Mestre, quando diz:
“...importa, porém, caminhar hoje, amanhã e depois
de amanhã”.
Em outras
palavras importa caminhar sempre.
No entanto, a natureza dessa caminhada, pede nos
reflexão, porque nem sempre o movimento da Alma existirá onde ele aparenta
existir. E muitas vezes o movimento da Alma será mais efetivo onde ele não se
mostra tão Expresso ou tão ostensivamente. Porque é preciso, saibamos
diferenciar a jornada pelas circunstâncias do mundo. Jornada é essa muitas
vezes percorrida pela criatura afoitamente a caça das situações efêmeras ou
ilusórias de prazer, de destaque, de Triunfo mundano, mas há também uma outra
jornada, essa a definitiva.
Essa é
essencial, que nem sempre estará acompanhando essa jornada de caráter mais
exterior pelas situações, pelas circunstâncias do mundo. A jornada da
personalidade, mas a jornada do espírito e essa sobretudo, a que precisamos
buscar.
Sobre essa, Jesus falava quando nos dizia
“imperioso se faz caminhar hoje amanhã e sempre”.
Porque muitas vezes a criatura que se movimenta no
mundo, correndo para lá e para cá, desdobrando sem esforços, desdobrando-se em
cansaços, em empreendimentos, em realizações do mundo. Muitas vezes, essa
criatura não estará propriamente a realizar a jornada fundamental.
Ao passo que encontraremos espíritos paralisados
numa cama, num leito de Dor, de enfermidade, que estarão avançando a longos
passos para Deus. Porque essa é uma jornada, que se percorre sobretudo portas a
dentro do ser. E que dificilmente é vista apenas da perspectiva material ou
pelos olhos físicos. É preciso sensibilidade para ver o quanto uma alma tem
efetivamente jornadeado com Cristo.
Por isso, só comentar esse versículo aqui
mencionado. no livro pão nosso, Capítulo de número 20, em uma
mensagem muito interessante chamada a “Marcha”.
Emmanuel nos dirá, que muitas vezes quando a
criatura julga estar nos mais altos pontos da jornada nos momentos triunfantes
ou culminantes, para a sabedoria divina, ela não estará se não estagnada a
contemplar fogos e fatos, a contemplar Ilusões muitas e muitas criaturas que se
moveram que gastaram muito de sua energia e de seu tempo em laboriosas jornadas
do mundo, mas em espírito, permaneceram apegadas estagnadas as mesmas ilusões
de séculos, sem que efetivamente no país desconhecido de si mesmas, tenho dado
passos, mas valorosos em direção a objetiva essencial.
Então, o que Emmanuel, está a nos dizer, é que do
ponto de vista do mundo espiritual, para a sabedoria divina, para os
benfeitores que nos acompanham a séculos, muitas vezes quando a criatura julga
ter jornadeado muito e alcançado pontos culminantes, do lado de lá eles estão a
lamentar vendo que a criatura, se prende as mesmas ilusões que perseguia a
tanto tempo. Ao passo que às vezes a criatura estando presa no mundo, a
determinados a determinadas experiências dolorosas, provas desafiadoras,
aparentemente presa amarrada aquilo em Espírito, ela avança, mas livre mais
consciente mais madura, e o alto então comemora, o espírito
que atado aos deveres e aos sacrifícios que a vida lhe impõe avança por dentro
de si, para outros planos de entendimento e serviço com Jesus. Como não
nos recordarmos aqui, para ilustrar bem o que estamos a falar, da figura de um Jerônimo Mendonça. Atado
à aquela cama, paralítico no mundo. No entanto, creio nenhum de nós há de
duvidar do quanto avançou aquela alma. Por outro lado, quantas almas não deixam
este mundo depois de laboriosa Jornadas em que construíram impérios, em que
ornamentaram e muito a personalidade, mas chega ao mundo espiritual, para
tomarem consciência da marcante realidade de que pouco quase nada avançaram em
espírito.
Jerônimo nasceu na cidade de Ituiutaba (MG), em uma família
com grandes dificuldades materiais e teve uma infância normal.
Até os 15 anos de idade, Jerônimo frequentou a Igreja
Presbiteriana onde fazia palestras. Porém, depois da morte da avó materna, ele
sentiu a necessidade de conhecer mais sobre a vida além-túmulo.
Foi quando conheceu a doutrina espírita da qual se tornou
adepto e passou a dirigir reuniões e eventos voltados aos necessitados.
Aos 17 anos, quando revelou-se um bom jogador de futebol,
começou a sentir os sintomas da doença que acabaria por imobilizá-lo, a artrite
reumatoide. Aos 19 começou a usar muletas e, sem encontrar uma cura na
medicina, parou de trabalhar. Então, ele foi gradativamente a uma cadeira de
rodas e depois a uma cama ortopédica. Somando-se a isto tudo, ele teve perda
gradativa da visão e problemas cardíacos. Apesar das grandes dificuldades, ele
sempre mantinha o bom ânimo e dava conselhos a milhares de pessoas que vinham
lhe pedir conselhos. Ele viajou o Brasil inteiro graças a um leito
anatômico projetado para ele. (cama ortopédica)
Escreveu os livros: Crepúsculo de um Coração, Cadeira de
Rodas, Nas pegadas de um Anjo, Escada de Luz, De mãos dadas com Jesus e Quatorze
anos depois (em co-autoria). Deixou apontamentos que foram organizados
por Maria Gertrudes, o livro póstumo FLORES DO CORAÇÃO;
Fundou o Lar Espírita Pouso do Amanhecer, creche destinada ás
crianças carentes, em Ituiutaba. Construiu o Centro Espírita Seareiros de
Jesus, o Centro Espírita na zona rural Manoel Augusto da Silva, uma gráfica e
uma Biblioteca, Após 50 anos de profícua existência, desencarnaram este homem
maravilhosos que somente fez o bem às criaturas, sentindo dores não se
queixava, solitário em seu leito, não reclamava e a todos atendia com a mesma
presteza. O Gigante Deitado”, apelido dado por seus amigos e pela imprensa, e é
o titulo do livro compilado por Jane Martins Vilela. Dele extraímos o seguinte
e expressivo texto:
“Imagine o leitor, um homem totalmente paralítico, num
leito há mais de 30 anos, sem mover o pescoço, cego há vinte anos, com
terríveis dores no peito, necessitando do peso de quilos de areia para suportar
essas dores! Esse homem resignado e sereno viajou pelo Brasil afora
proferindo palestras, cantando, consolando e orientando centenas de pessoas”.
Então é preciso reflitamos, desde já iniciando essa
nossa jornada na reflexão que nos foi proposta, é preciso reflitamos sobre o
que é caminhar, o que é erguer, o que é andar de fato. Porque não podemos
também deixar de nos lembrar de uma figura que é muito conhecida no
cristianismo, e cuja vida ilustra bem para nós essa modificação na natureza da
sua jornada. Saulo caminhava triunfante naqueles idos da sua Juventude
tendo percorrido muito do entorno do Mediterrâneo, aurido muitos conhecimentos
alcançados muitas glórias e muitos triunfos a seu ver imaginava avançava
caminhava efetivamente naquilo que se propõe o serviço a Deus, no entanto, nessa perspectiva que aqui trouxemos, do ponto de
vista espiritual os benfeitores que o acompanhavam. O próprio Cristo via, na verdade uma alma que
havia se cristalizado em alguns aspectos do orgulho, da vaidade, do fanatismo.
Que embora julgando muito fazer por Deus e pela causa Divina estava em verdade
estacionada naquelas compreensões naquele orgulho que não queria ceder, um
coração que não se abria ao convite renovador a Seara que se mostrava
resistia aquele coração a todos os aguilhões que o senhor enviava como citando
novamente ao movimento. Não o movimento exterior, em busca dos títulos ou dos
números, em busca da sua missão de outras vidas ou da vitória nos embates
intelectuais. Consultava o Jesus ao movimento interno que ele relutava em
fazer, pegado aquelas antigas concepções ao orgulho a vaidade, relutava ele a
todo custo. Mas é assim que se dá muitas vezes conosco na trajetória vamos
caminhando, vamos seguindo a dinâmica da vida no mundo sem pararmos para
analisar mais a fundo quanto temos caminhada em espírito surgem os aguilhões da
vida, dores, desilusões, decepções, até o momento em que enfim a criatura cai
em si, a criatura toma consciência de si e percebe então, que o que julgava ser
avanço, era muitas vezes estagnação. Que o que julgava ser Progresso,
Conquista, não era se não, o perseguir mais uma vez, de antigas quimeras, de
antigas ilusões que nos cativavam ser. E assim muitas vezes que nós espíritos,
que pelas escolhas infelizes, pelas ilusões ainda cultivadas, vamos nos
encontrar na posição do Filho Pródigo, de repente ali nos vales de Sofrimento,
de dor tendo despencado dos montes de ilusão em que nos considerávamos estar. É
assim que Saulo então mais
propício faz o ambiente naquele coração para ouvir esse imperativo da vida, Que
tantas vezes o Senhor nos trouxe no evangelho. Com configurações diversas uma
outra palavra que se altera mas o mesmo espírito uma vez reconhecendo nos
caídos ou estagnados, quando julgarmos estar de pé e caminhando uma voz por
dentro de nós é preciso levantar novamente, é preciso nos erguer e voltar a
andar, voltar a caminhar, não mais naqueles antigos padrões, mas agora nessa
perspectiva da jornada do espírito. Para nos ilustrar melhor essa condição pela
qual Saulo passou e que é uma condição que se repete para os espíritos em
Jornada, cedo ou tarde numa outra
existência em algum momento da caminhada,
recorremos a Emmanuel
quando no Livro fonte viva Capítulo de número 13 nos traz uma reflexão
em torno justamente da figura do Filho Pródigo, aquele que ainda em si, lidando
em fim com a realidade de si mesmo, daquela estagnação espiritual de
insensatez, se projetando aquela condição, ele pensa de si para consigo,
certamente inspirado pelo alto, “levantar-me-ei e irei ter com meu pai”. Ele que havia jornadeado para
tão longe de casa num movimento puramente exterior, enfim percebe que parada
estava era preciso erguer-se novamente, que havia se arrojado por si mesmo
naquele abismo, naquele vale de dor, de sofrimento, de ilusão.
Mas então, mais propriamente a misericórdia ressoa
no íntimo da criatura, convidando-a, e convidando-nos novamente, ao movimento
da vida, ao descrever a condição do filho pródigo que não é senão uma imagem de
todos nós.
Emmanuel nos diz quantos de nós, filhos pródigos da
vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela
assistência do Senhor, de acordo com os nossos desejos menos dignos, para que
sejamos satisfeitos.
Então quantos de nós usufruindo todos os recursos que recebemos do corpo
a saúde que nele se manifesta da profissão aos recursos materiais que do alto
recebemos, da família que nos foi proposta nessa encarnação, aos conhecimentos
que até nós, chegam, quantos de nós depois de malbaratarmos todos esses
recursos, de utilizar, estando lá arrojados nesses despenhadeiros em que
caímos, não ficamos aclamar ao Senhor
pedindo assistência, quando a todo tempo intentava ele nos auxiliar sem que
pudéssemos ver ou sem que nós quiséssemos ver, quantos de nós descemos
voluntariamente ao abismo e lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas
paixões, exigimos que o todo misericordioso se faça presente ao nosso lado
através de seus divinos mensageiros, a fim de que os nossos caprichos sejam
atendidos.
Então, essa
é uma condição a que nós mesmos nós projetamos ao longo de séculos depois de
tantas escolhas infelizes, de repente nos vemos, a partir desses aguilhões, que
visam nos despertar, vemos ali paralisados, atados as próprias consequências
das nossas ações, ao desânimo, as expiações, as dificuldades, as desilusões,
percebemo-nos então, tais quais somos não mais a imagem ilusória dos píncaros,
não mais a contemplação de fogos fatos como de ser humano, na outra mensagem
agora o espírito se vê tal qual é, e
então volta aos seus olhos espirituais a sua percepção, para aquilo que de fato
é o objetivo da vida, e nele ressoa aquele que é o imperativo da própria
criação, por Deus estabelecido no ato da criação disse o senhor: “... haja luz”, e a luz se fez, a luz se faz, a luz se fará.
Isso é o imperativo do movimento de todos os seres por Deus criados erguerem-se na busca de novos
horizontes na busca de novas perspectivas erguerem o padrão de vida de
sentimento, de raciocínio para que em entrevendo agora com mais clareza o alvo
alcançar, possam a ele se direcionar avançando, caminhando, no momento em que a
criatura cai em si, quando se desmancham os castelos de ilusão, eis então que
Jesus encontra mais espaço num coração, para mais uma vez lhe dizer, como já
tantas vezes nos tem dito “meu filho, minha filha, mais uma vez te digo,
levanta-te e anda”, como se deu com Saulo, o exemplo aqui por nós ser
lembrado, levanta-te salvo e entra na cidade e lá te será dito o que lhe convém
fazer. Em outras palavras, agora é o momento de novamente,
voltando-se para se identificar o horizonte que almejas, voltar a dinâmica da
vida, interação o esforço movimento para que então no caminho, a luz se faz, no
caminho posso nos encontrar mais viva a presença de Jesus. É assim que em algum momento da
nossa trajetória, nesta existência ou em outras, o Senhor nos veio buscar,
almas muitas vezes paralisadas, por séculos de vícios cultivados, de apego à
ilusão, almas cadaverizadas porque inteiramente voltadas para a matéria, que
parece dizer-nos Emmanuel, “os verdadeiros mortos, estão sepultados na carne
terrestre”. Por quantas
existências, não temos sido almas cadaverizadas, sepultadas na carne terrestre,
porque só perseguindo o que está morto que vai morrer, porque só enxergando o
que está morto ou que vai morrer. Lázaros que temos sido, e que o senhor vai
buscar mais uma vez, para o movimento da vida. E é assim, que nós vamos encontrar então esse padrão que se
repete tantas vezes no evangelho, com os personagens que lá estão elencados,
que na verdade representam a todos nós, dos séculos transcorridos desde o
advento da Boa Nova, inúmeras tem sido às vezes para cada um de nós, que Jesus
nos tem dito “ergue-te e anda, levanta-te e anda”, a nós os Lázaros, os
paralíticos do Espírito, presos nos vales da indecisão, do desânimo,
da revolta ou da expiação dolorosa, a voz poderosa de Jesus ecoa no íntimo da criatura, ressoa a partir do
Evangelho Redentor, dizendo-nos ainda e sempre, “levanta-te meu filho para a
vida que te chama”. Nesse sentido nós nos recordamos de um livro, muito
interessante do Emmanuel. E,
por mais tempo que a gente vai estudando Emmanuel, a gente sempre vai
descobrindo essas pérolas, a gente sempre vai descobrindo um novo olhar para um
livro ou para uma mensagem, já antes conhecidos, mas que agora fala-nos de uma maneira
diferente, e pensando sobre esse tema, passamos por um livro de Emmanuel chamado levantar
e seguir, Cujo título em verdade, é a própria essência do tema
que nos foi proposto, e no capítulo
2 deste livro, cujo título é
homônimo do próprio livro, portanto, não é o mesmo nome, Emmanuel ele vai
analisar justamente isso, a presença desse padrão no Evangelho, desses dois verbos ou desses
dois movimentos. Às vezes a palavra vai se
alterar ao invés de erguer, vamos ter levantar ou elevar, elevar-se, ao invés
de andar vamos ter caminhar, vamos ter avançar, mas a proposta é a mesma, sem
esses dois em conjunto. Assim ele se lembra do conhecido caso do paralítico, para o qual Jesus
diz: “levanta-te e toma o teu catre e
anda”. Acrescentando ainda mais uma expressão, ele vai se recordar do caso do
próprio Lázaro, que houve de Jesus uma orientação nos mesmos moldes, convidando
a sair daquele sepulcro, em que se encontrava novamente para o sol da vida,
novamente para o movimento iluminativo. Ele se lembra o caso de Mateus
que deixa a sua coletoria, sobre o chamado de Jesus e levanta-se para
segui-lo, e assim outros tantos e tantos
personagens, dentre eles o próprio apóstolo Paulo, aqui já citado, que ouviu do
Cristo, as portas de Damasco, a orientação Imortal “levanta-te e entra na cidade, levanta-te Paulo e
vai à luta, porque as respostas se farão é no caminho, porque a força chegará,
e é na medida em que te movimentares,
porque me encontrarás caminhando ao teu lado, se disposto estiveres a
caminhar comigo”.
Se alguém quiser vir Após Mim, siga-me. Portanto,
aquele que me seguir não andará em trevas. Então, são chamamentos de Jesus, que
trazem-nos o mesmo espírito, os próprios Mártires de outrora, também acolheram
a mesma orientação, e assim se mobilizaram para que a partir de seu empenho, o
movimento do Evangelho no mundo pudesse se estabelecer daquele ponto de partida
com a vinda do próprio mestre, as culminâncias que alcançou na era gloriosa dos
Mártires ou nas luzes que em todos os tempos se acenderam nesta terra, refletir
em Jesus. Ele vai se recordando, vai se lembrando desses
exemplos para nós, mas traz também um alerta para que alcancemos toda dimensão
do programa que esses dois verbos contém, não estão lado a lado por acaso
complementam-se, indicam naturalmente empenho da criatura por elevar-se
o que Emmanuel, busca
destacar nessa mensagem, é que isso se
faz premente para os nossos tempos, em que no seio do cristianismo, em suas
várias correntes e denominações, muitas vezes têm os cristãos se acomodado ou
adaptado as suas atividades a lei do menor esforço num tempo em que muitos
estarão de certo modo estacionados ou acomodados nas buscas materiais, e numa
experiência muito mais exterior do que propriamente íntima de religiosidade,
esse chamamento de Jesus nos
dois verbos que contém, diz Emmanuel, se faz premente, se faz urgente porque
ele acrescenta: “...muitos estão a esperar Jesus nas almofadas do conforto, da
acomodação, outros tantos oram, usa bem
essa expressão, oram através de discos ou por meio de discos, como nos dizer
que até terceirizamos a própria oração, vamos terceirizando responsabilidades
que seriam nossas, na construção dessa relação com o Mestre ou com Deus, muitos
pretendem, acrescenta Emmanuel, comprar
a tranquilidade Celeste, ao preço de esmolas generosas ou outros sem qualquer
movimento íntimo de renovação própria, esperam intervenções sobrenaturais dos
mensageiros do Cristo alterando-lhes os destinos e a condição. Por isso ele nos
traz essa mensagem dentro do livro de mesmo título, alertando-nos para
premência desses verbos e desse chamado, porque às vezes até nos erguemos a
novas compreensões pelo cristianismo, pelo evangelho, pelo espiritismo,
mas nos tens faltado ainda o movimento que as possas dinamizar em nossa existência
tem nos faltado ainda incorporação do que temos acolhido do que temos recebido
ao modo de ser que defina para nós, um novo modo de caminhar e portanto, um
novo objetivo a atingir para que não seja nossa jornada, como tem sido tantas
vezes aquela jornada ilusória, do ponto de vista exterior, em que parece a
criatura muito fazer e muito realizar, mas que analisando-se espiritualmente,
pouco quase nada tem feito, embora tendo recebido tanto em termos de
conhecimento e de inspiração. Por isso, nesse mesmo livro, quando nós vamos ao
prefácio, Emmanuel traz
reflexões do mesmo sentido propondo-nos o seguinte: Em falando desse verbo ou
desse chamado de Jesus, “do levanta-te e segue”, o do erguer ele diz assim:
“...é que de modo geral, grande número de criaturas humanas já sentada ou
acomodada em suas próprias vantagens passageiras, ao toque do ensinamento ou da
influência de Jesus, se modificam no íntimo, aceitando a lição do divino mestre
ou magnetizadas pelo encantamento da oração”. Então, uma vez tendo recebido a mensagem de Jesus,
aquilo de alguma maneira toca gera alguma coisa por dentro, que traga mais
emoção, que traga talvez uma nova perspectiva ou encantamento, um
deslumbramento com a beleza do Evangelho com as palavras Imortais de Jesus, no
entanto, a criatura não ultrapassa esse Limiar, não chega ela a concretizar, a
dinamizar isso na sua existência, por isso ele continua, “... levantam-se, entretanto,
prossegue na rotina que se habituaram”. Em outra mensagem, Emmanuel
chega a dizer, “... há
muitas almas de olhos abertos para a verdade, mas mantendo-se ainda na posição
horizontal da ociosidade, caminha no mundo, levantando-se, andando dia a dia,
para os seus afazeres, para suas rotinas habituais, mas em espírito permanece
ainda na horizontalidade da ociosidade, alteiam-se no campo e motivo, mas não
movimentam ou não se movimentam para o trabalho do bem ao próximo”.
A criatura é tocada, sente a emoção elevar-se, as
lágrimas a visitam, no entanto, ela não consegue manter e conservar esse estado
de Espírito, por mais tempo, que é talvez, o grande desafio de nós outros.
Erguermo-nos com Jesus, e sabermos tanto quanto
possível, nos mantermos nessa atitude espiritual. Descendo em serviço sem
perder a altura, vivendo as lutas da vida sem descer desses montes de sintonia
e de elevação espiritual, muitos, no entanto tem rompantes, elevam-se
alteiam-se emotivamente com Cristo, até chegam a erguer-se a novas horizontes
que passam a divisar, no entanto, falta ainda o passo seguinte da dinamização, daquilo na vida. Por isso falávamos sobre
complementaridade, porque pelo
estudo, pelo conhecimento do Evangelho do Espiritismo que nos chega, vamos nos
erguendo em termos de horizontes mentais, vamos tendo um ponto de vista mais
elevado para vida, o sentimento vai sentindo-se um pouco mais depurado, um
pouco menos preso as paixões, no entanto, sem o passo seguinte, da renovação
associada a esse seu erguimento, tudo aquilo estará ainda, no estanque.
Por outro lado, podemos pensar também no caso oposto em que a criatura, logo
que era andar com Cristo sem antes, erguer-se com ele, sentes buscar,
nutrir-se, em beber-se na mente, no coração, das luzes do evangelho, para que a
sua ação reflita mais propriamente, ao Cristo, e não a nossas imperfeições,
aliás por muitos séculos temos nós caminhado pelo cristianismo sem estarmos, no
entanto, a altura de Jesus. Temos
caminhado rasteiramente no cristianismo, fazendo dele muito mais o movimento,
puramente humano, do que algo que pelo menos entende a refletir a luz de Jesus.
Então, por muitos séculos, nós temos até andado, entre aspas, com Jesus, sem
Termo-nos erguido ou buscado nos erguer à sua altura, mas também, por
muitos séculos, muitos de nós temos nos erguido aos novos horizontes que o
Cristo nos projeta, aqui o evangelho nos lança, mas sem buscar dinamizar isso
em nossas existências, aqui vemos
portanto, uma complementariedade fundamental, que é a base de toda a
vivência Cristã. Verticalidade e Horizontalidade, que de maneira muito bela, vão
se fundir, se unir talvez, do mais fundamental símbolo do próprio cristianismo,
a Cruz Redentora,
que trazem em si duas traves, uma representar o papel da verticalidade outra
representar o papel da horizontalidade, é preciso busquemos verticalizar a
nossa vida por meio do estudo que nos liberta, por meio da oração, que nos
conecta cada vez mais, as fontes superiores da criação, por meio da compreensão
do evangelho, que vincula nossa mente, o nosso coração, ao Cristo e aos seus. Recordo-me aqui, de Neio Lúcio,
quando nos diz que: “...ao estudar o Evangelho é um processo de imantação da
nossa mente as esferas superiores da vida”. Isso é verticalização, só que isso
pede esforço, Emmanuel nos dirá: “... estudo do Evangelho é Também trabalho e
dá mais alta envergadura”. Se para penetrarmos
nas ciências do mundo, anos nos são pedidos de estudo perseverante, constante
quanto mais não se nos pedirá, para penetrarmos na ciência da vida, que é o
evangelho na ciência do infinito”. Que é
o espiritismo como Kardec assim o define na introdução de um Livro dos
Espíritos: “...ninguém se
engane, portanto, no investimento que nos compete fazer para de fato nos
erguermos e mantermos a nossa mente”, agora os nossos horizontes
mentais, num novo patamar. Que visão de perspectiva que possa então devidamente
nutrir o nosso agir no mundo, eis, portanto, a trave vertical, elevação de
raciocínios, elevação de sentimentos ao contato transformador do Evangelho de
Jesus, elevação da Mente para que então os braços possam se abrir em serviço na
horizontalidade, que também se expressa na cruz. A horizontalidade do mundo, a
vida rotina agora alimentada, elevada, pela verticalização, que podemos
realizar, são dois dos movimentos essenciais que é onde nutrir o espírito na
sua jornada. E que estão belamente representados para nós, por exemplo naquele
encontro simbólico, também de Jesus na casa de Betânia, quando ali se vê ele
com as duas irmãs, Marta e Maria. Maria representar a verticalidade do ser, que
aos pés do mestre buscar aprender, nutrir-se da sua luz, elevar pontos de
vista, perspectivas espirituais, para que então, o agir representado em Marta
seja proveitoso, porque Marta ali representa também muitas vezes o agir sem a
devida verticalidade, sem o devido erguimento de nós mesmos, que nos leva ao exaurimento, que nos leva ao
cansaço, que nos leva desalento, é quando há movimento, quando há o verbo andar sem o verbo erguer.
Por outro lado, se fixarmos somente na posição de Maria, incorreremos em erros
que já temos feito ao longo dos séculos, na pura e simples posição contemplativa,
erguidos altiplanos de sensibilidade, a belezas encantadoras que o evangelho
nos descortinas, sem que aquilo alcance-nos a vida, e as vidas que nos cercam.
Marta e Maria, portanto, são duas forças, dois verbos, dois movimentos que em
nossa vida precisamos conjugar, sendo Cristo para nós, esse referencial. E é o
que Emmanuel, está nos dizendo nesse
prefácio, alertando-nos para essa posição nossa, muitas vezes, de estarmos no
cristianismo, de alguma maneira já erguidos pelo conhecimento deles, sem que andemos
efetivamente ou temos caminhado pelo cristianismo, sem estarmos erguidos, ou
buscando nos erguer a altura de Jesus,
porque ainda nessa mesma mensagem do prefácio, ele nos faz uma
indagação, uma consideração importante, logo no início da mensagem ele diz: “... levantar, Erguer e
Elevar-se, são verbos sinônimos, mas que uma vez pronunciados é preciso
pensarmos também, para onde estamos nos levantando”. Para que qual o
objetivo onde, quando, vamos aplicar esse movimento de nos elevarmos e no seu
erguer. Isso nos faz recordar de uma passagem, muito interessante, e que foi
registrada pelo evangelho de João, no capítulo de número 14. João está narrando livros,
acontecimentos da Última Ceia, e no versículo de número 31, desse
Capítulo 14, ele nos traz uma fala curtinha de Jesus que nos dá muito o que
pensar. Jesus, naturalmente via o que estava por vir, sabia os testemunhos que
se aproximavam, e no entanto, ainda assim, volta-se ele para os discípulos e
diz: “...levantai-vos,
saímos daqui, sigamos adiante”. Os mesmos dois verbos, o levantar
e o caminhar. Só que, é interessante pensarmos, e é o que Emmanuel vai
nos convidar a fazer, no
livro caminho Verdade e Vida Capítulo 84. É interessante pensarmos, para
onde Jesus se propôs a levantar e andar. Pois a diante dele estavam testemunhos
Supremos, e ainda assim, ele faz o convite. Muitos de nós, se aqui chamados as
honrarias do mundo, aos prazeres, as festividades, não hesitaríamos em levantar
e seguir, em levantar e atender o chamado. Quantos, no entanto, estariam
habilitados ou dispostos, atendo por horizonte imensas lutas e desafios,
atenderem ainda assim ao chamado de levantar e seguir. Em geral, acedemos a
esse convite muito facilmente quando somos chamados as posições culminantes,
mas muitas vezes, ilusórias do mundo, mas raros tem sido aqueles que chamados,
a se levantarem e andarem em direção a testemunhos depuradores e santificantes,
aceitam o convite. Está aí toda a diferença. Jesus foi o primeiro a fazê-lo,
convocando Ele próprio: “levantamos daqui, direcionamos o que nos espera”. E,
Emmanuel nos convida a observar quais as estações que o aguardavam o Getsêmani,
do Getsêmani alcance, do cárcere ao pretório, do pretório a via dolorosa, da
via dolorosa ao Calvário, do calvário à Cruz. Tendo isso por perspectiva, Jesus
não hesitou em levantar e seguir, e foi por esse exemplo, que depois corações
por ele tocados verdadeiramente, despertos e chamados, não hesitaram em aceder,
em atender ao convite, “...meu filho, erga-te e anda”, não mais
simplesmente nas buscas ilusórias do mundo, na rotina habitual de cada dia, não
mais o movimento do corpo, não mais o simples estudo, não mais a simples
compreensão, agora testemunho. Erguer-se e andar em direção ao testemunho, porque
ele fez primeiro. E, mais tarde, Lívia, em determinado momento no cárcere,
ouviu dos guardas, a ordem “...ergam-se
todos e andam, as feras lhes esperam”.
Não ouviram
eles a ordem dos guardas romanos, ouvira eles as palavras de Jesus, e foram em
direção às feras a cantar. É porque ele fez primeiro, erguendo-se e indo em
direção aos testemunhos Supremos, que mais tarde, Simeão, o apóstolo da
Samaria, em auxílio aquela própria Lívia, que também daria sua vida, as
protegendo, ergueu-se foi sozinho, a enfrentar o testemunho, atendendo o
convite de Jesus. “Simeão, erga e anda, porque a cruz te
espera”.
E assim,
todos os nomes que pudemos recordar. O apóstolo Paulo um dia na escuridão,
também do cárcere, ouviu os guardas ali chamarem na madrugada, “... levanta-te e anda”.
Amarrado, atado, levado a via Ápia, próximo aos cemitérios, depois de uma noite
muito dolorosa para os cristãos, onde tantos haviam sido martirizados, ele
ouviu mais uma vez do guarda,
“...levanta-te e anda alguns passos. Saibas que estar a viver os seus últimos momentos”.
E ele foi, com uma coragem tal, a ponto de fazer tremer os próprios algozes,
que se impressionavam que tamanha força de Espírito. E assim, ficamos a pensar
nesses tantos e tantos corações, sobretudo naqueles tempos, mas também em todos
os tempos que não hesitaram, que mais do que simplesmente, se erguerem a novos
horizontes de contemplação da vida e de entendimento da obra divina com Jesus.
E não simplesmente caminhando a ostentar o título de seguidores do mestre, ergueram-se
e andaram para o testemunho afim de afirmar em suas vidas, a viva presença
Dele. Todos os Mártires, todos os heróis da fé, que hoje nos inspiram em nossa
caminhada, recordo inclusive, de um acontecimento muito interessante, que está
registrado para nós, no
livro há dois mil anos. Certa feita nas Catacumbas, onde os cristãos já
começavam a se reunir, porque as perseguições ainda não eram ostensivas, mas já
existiam em Roma, ali por volta do final da década de 50, já existiam as
primeiras perseguições, e sentindo aquele clima hostil os cristãos já começavam
a se reunir nas Catacumbas, muitas vezes altas horas da noite caminhavam longas
distâncias, convertendo aqueles ermos locais, destinados à morte, em recintos,
onde brilhava sublimemente a luz da vida. E, certa feita Lívia e Ana, iriam
comparecer a uma pregação especial que se daria na catacumba, ou nas
Catacumbas. Naquele dia, vinha para a cidade de Roma um grande emissário da
igreja de Antióquia, um representante na verdade, um mensageiro chamado João
de Cleópatra, e ele era na verdade portador de uma mensagem. Ele era
portador de um aviso de caráter até profético a comunidade cristã da cidade de
Roma. Então, ele inicia sua pregação impressionando a todos com a beleza e a
eloquência da palavra, ou vigor daquela fé, aquela força Sublime, e ele então
começa a dizer que lá na igreja de Antióquia, as vozes do céu haviam se
manifestado, os fogos, as labaredas haviam descido como outrora no dia de
Pentecostes, e o patriarca, o coordenador das atividades ali de Antióquia,
havia percebido, intuído a mensagem das vozes Celestiais, que prenunciava
grande sofrimentos para a comunidade dos cristãos em Roma. Os Martírios mais
efetivamente estavam por se iniciar, o sangue dos Mártires seria derrubado na
cidade eterna, mas, se faria ali mesmo semente, como disse Tertuliano, “sangue dos Mártires é semente
de novos cristãos”. Só que alguém precisava levar a mensagem até Roma.
E, mais ou menos, uma ideia subliminar. Era a seguinte, não tem volta. O
portador da mensagem vai ficar. De Roma, não sairá, a não ser em espírito. Essa
era a ideia. Quem se habilita? Quem quer ser aquele que “quer ir em direção ao
testemunho? E, João de Cleofas é o escolhido, ou se habilita, e não
hesita. Sabia que era uma Viagem Sem Volta. Era levar a mensagem e com aqueles
cristãos do Testemunho. E esse coração, vai como quem havia sido destacado para
uma missão especial, como quem havia recebido um prêmio, isso nos dá o que
pensar. Quando hesitamos talvez, a nos Erguer e caminhar em direção as provas redentoras
que o Senhor nos dá, tão a quem ainda dessas experiências culminantes que esses
cristãos viveram, ainda oscilamos, hesitamos em voltar a partilha daquela
convivência, um pouco desafiadora, seja no lar, seja no Centro Espírita. Ao voltarmos a facear, essa ou aquela prova,
esse ou aquele dever. É o que a vida nos conclama, às vezes, visitamos
oscilamos a nos Erguer e deste temerosamente, confiantemente em direção ao
testemunho, quando esses corações não hesitavam nessa Viagem Sem Volta na matéria
como quem havia sido destacado, como quem havia sido premiado, por Jesus a uma
tarefa singular. E assim foi. João de Cleofas. Traz a palavra viva do
Evangelho, incendeia, inflama aqueles corações. Ao final da pregação, quando
inicia a oração dominical os guardas invadem o recinto e prendem a todos, João
de Cleópatra, Lilian inclusive, e o desfecho nós conhecemos. No entanto, diante
daquele cenário, de certo modo novo para muitos, os que ali estavam, mais uma
vez, João de Cleofas, onde estava, assume a frente, e conclama a todos então,
com aquela mesma firmeza, aquela mesma resolução de espírita. Então, se
voltarmos aqueles tempos, não nos faltarão exemplos dos corações que tendo sido
arrancados por Jesus de suas ilusões, da noite da ignorância, das sombras das
paixões, encontraram-se de repente, chamados a uma nova vida. Saulo, ergue-se e
anda deixando para trás o orgulho para universalizar a mensagem de Jesus.
Madalena, ergue-se anda deixando para trás todos aqueles prazeres, aos quais
havia se vinculado para ser com Cristo. E na história do Evangelho, o maior
símbolo de renovação espiritual, o maior exemplo de transformação. Pedro
ergue-se e anda após a negação, reafirmando com Jesus o seu compromisso de amor
e aceitando a chamada para “apascentar as ovelhas”. Aqueles corações e
novidades de outrora, os outros tantos que vieram depois, não fizeram senão,
aceitar acolher o convite, e avançar ao preço de muito empenho, mergulhar o
coração e a mente na luz do Cristo, elevando as perspectivas e os horizontes,
para que então a caminhada se fizesse agora, mais claro o objetivo, mais
definido, e sua vida pudesse se converter num rastro luminoso a falar da
presença transformadora do Cristo.
Essas as
vidas que nos inspiram, esses os exemplos que foram nos dados, a todos nós.
Portanto, meus Caros, que não sentimos de alguma maneira já como filho pródigo,
caindo em si reconhecendo-nos paralisados neste ou naquele vício, no desânimo,
na desilusão, que a voz de Jesus ecoa bem alta em nosso coração, que a sua voz
poderosa, chegando até nós, por meio do Evangelho, nos Diga mais íntimo “... erga-te meu filho, não
deixe de buscar a fonte da vida, o manancial do Evangelho, estuda para te
libertares, serve para te depurares, sublima o teu ser, para que então,
planando mais alto
possas entrever a vida que nos espera, porque quando, com Jesus nos
erguemos, aquilo que vemos, já é material e combustível para toda a luta.
Vencer é um Horizonte tão belo que Jesus nos descortina, nem palavras conseguem
descrever, mas é preciso se empenhar, precisamos nos erguer, precisamos nos
mobilizar, como diz mais uma vez Emmanuel, em relembrando a passagem do filho
pródigo, no capítulo já citado, a fonte viva 13, ele diz; “..sair da cova escura da
ociosidade, para o campo da ação regeneradora. Erguermo-nos do chão frio da
inércia, para o calor do movimento reconstrutivo, elevarmo-nos dos vales da
indecisão, para a montanha do serviço edificante, fugir a treva e penetrar a
luz, ausentamos das posições negativas, negativistas e colocarmos agora numa
posição de nos reestruturarmos por dentro, em nossos ideais, em nossas
propostas para que não nos falte no coração otimismo, alegria.”
Ergamos os
corações, e quem com Cristo, ergue o coração vinculando-o aos tesouros do céu,
torna-se no mundo, uma ponte por medo qual ele possa atuar, disse nos Paulo,
numa de suas epístolas, que os seguidores de Jesus no mundo são a sua igreja da qual ele é a cabeça.
Se pudermos, e se quisermos nos conectar a ele, no mundo seremos, poderemos ser
as suas mãos, os seus pés, os seus olhos, a sua boca, o seu coração.
Expressando para as almas ainda estagnadas, paralisadas, seja na ignorância,
seja na paixão, expressando para elas o calor da vida, o sol da vida que as
convida de volta a jornada de cegos a mais do caminho. As vidas vão se
transmutando convertendo-se em ativos trabalhadores a caminharem com Jesus,
tendo acesa no coração a luz da Alegria e da Esperança.
São esses
os corações que os tempos pedem, os que não hesitem em atender ao chamado: “Levantar, erguermos pelo estudo,
pela vontade, pela disposição, andarmos na aplicação disso no lar, no centro,
na rua, onde for, mas levantarmos e andarmos, não só esperando os Louros, as
rosas ou caminhos fáceis, quando ele, o mestre, não os teve”. Lembremos
mais uma vez das estações de sua jornada do Getsêmani, a oração no Horto, a
prisão ao cárcere, a culminar-se na cruz, como nós seguidores de Jesus, a
esperarmos facilidades, erguemos e levantarmos para sermos aplaudidos, para
sermos mais compreendidos, para sermos destacados, para sermos reconhecidos. É
o que esperamos em nosso movimento Cristão? É o que esperamos em nossos lares?
Se quisermos nos dispor realmente a servir com Jesus ou erguermos e andarmos
para o testemunho, seja ele qual for, a quem caminha com Cristo, o que vier é
benção, o que vier é adubo, o que vier é sublimação da alma que caminha com
Deus. A alma que opera no bem, o que o
mal ele pode fazer senão emoldurar-lhe a beleza e a grandeza, ainda mais. Não
se podem destruir uma cidade edificada sobre o monte, nos ensina Jesus. A treva
nada pode com aqueles que edificam as suas vidas nos Montes de seus
testemunhos, mas para chegar ao topo, a vida pede de nós coragem, como nos
disse Guimarães Rosa, a
vida com as suas oscilações, esquenta e esfria, aperta e afrouxa, aquieta-se,
depois desassossega de novo. Mas o que ela pede de nós é coragem. A
coragem que Saulo e Barnabé um dia tiveram quando chamados pelas vozes do alto
a fazer uma jornada por um mundo desconhecido, caminhos a desbravar lutas
imensas que não poderiam imaginar, no entanto, naqueles corações, só alegria, a
força de poder em servir e atender ao chamado de Jesus. A coragem de uma
Ananias, chamado visitar o próprio algoz, a coragem de um escravo Ruffo.
chamado pelos algozes a se erguer, para depois se curvar aos deuses de Roma, a
coragem dele manter-se firme em sua postura para entregar seu martírio. Esse o
convite que nos está proposto, que os tempos pedem, corações que não hesitem,
sejam quais forem as estações do caminho, em se levantarem com Cristo para
avançar.
Nós, os
Lázaros, que temos sido, no dizer de Emmanuel, milhões de Lázaros ainda no
mundo, temos a oportunidade de no espiritismo, ouvimos mais uma vez, a voz do
Cristo penetrante, nos alcançar nas cavernas e nos sepulcros em que temos
estado atados pelas próprias ataduras que criamos, nas ilusões em que
embarcamos, a voz poderosa do Cristo, mais uma vez ressoa por meio Consolador
“...Lázaro sai para fora”. Não deixe de
atender, não troques a jornada ilusória, na feição exterior da vida, pela jornada
íntima do Espírito, pelo país imenso, inóspito ainda que tens a descobrir e a
conhecer, o país de ti mesmo. Não troques os tesouros do céu por aquilo que
brilha os olhos na matéria. Aceita o convite de Jesus: “Levanta-te dia a dia,
no esforço da disciplina que consolida no tempo, a espontaneidade com Jesus,
toda a realização do Espírito pede o primeiro passo, a constância e a
continuidade. Mas uma vez se estabelecendo um novo patamar, o caminho é mais
suave, as alegrias indescritíveis e a presença de Jesus a caminhar ao nosso
lado, sempre mais viva e envolvente.
Que possamos, em nos erguendo, ir ao campo de
trabalho que o Senhor nos propôs, é a família desafiadora, pois que seja. É a
tarefa Espírita que se apresenta com muitos desafios e dificuldades em
compreensões e lutas. Pois que seja. É o trabalho material no mundo que tem
sido para nós um grande testemunho de resiliência, de compreensão. Pois que
seja.
Eis o
programa do senhor para nós outros que saibamos aceitá-lo e realizá-lo,
concretizar em nossa vida o que haveremos de encontrar no mundo, não há preço
que se iguale, não há valor, não há tesouro que sequer se aproxime da paz pelo
Espírito alcançada, quando em sua jornada Vê se agora Caminhando com Jesus.
Filho
Pródigo, que era tendo seguido de volta à casa do pai caminheiros de Emaús que
éramos, por Jesus trazidos de volta a hospedaria da Paz, da certeza da fé e da
Esperança, mas só no caminho é que encontraremos efetivamente a Jesus. É o que
simbolicamente está representado na passagem do cego de Jericó, Jesus em marcha
no caminho, e aqueles que quiserem encontrar-se com ele erguerem-se para trás
as capas de outrora, que na verdade, nos iludiam contra nossa real posição e
agora enfim o encontro jornada fora na luz que Jesus há de nos proporcionar.
Recordo-me
de uma passagem, um conto na verdade, que nos traz irmão X (Humberto de Campos)
no livro contos e apólogos, chamado encontro divino. E ele conta a história do
cavaleiro D’Arsonval, que era um homem de muitas posses, um cavaleiro uma pessoa
importante, e que tinha um propósito fundamental na vida. Servir a Deus, e
assim ele se envolvia em muitos afazeres no âmbito político, militar,
religioso. Então vai contando nos Humberto de Campos, que ele muitas vezes saía
de seu lar em viagem para atender a esses serviços a esses ditames. Numa
primeira vez, dirigir-se ele a Itália montou-se ali preparou-se para viagem,
colocou as suas melhores vestimentas, sua armadura dirigia-se para a Itália,
quando as portas ali do seu lar se depara com o mendigo, ulceroso, que lhe
pedia algum auxílio, ele Cristão que era, desejou de algo fazer, retira uma
bolsa de dinheiro e lança aquele indivíduo, sem no entanto olhar, um olhar mais
detidamente para aquele indivíduo, e segue o seu caminho, vai lá faz o que
tinha que fazer na Itália, retorna e assim o tempo vai passando, novas viagens
vão vindo e Humberto de Campos vai dizendo que a sua condição financeira era
cada vez menos propícia, cada vez menos abundante, no entanto seguia em seus
Empreendimentos. Agora se dirigia a Espanha, atendendo um pedido de prelado,
amigos seus, e mais uma vez na sua jornada, depois de erguesse e andarem ao seu
destino, ali estava aquele mesmo mendigo solicitando-lhe um auxílio. Ele então,
tira um brilhante de sua bolsa e lança em direção a ele. E seguem as viagens. E
seguem os mesmos encontros, depois para Inglaterra, depois para outros locais,
até o momento em que enfim a circunstâncias exteriores D’Arsonval
deterioraram-se em absoluto, estava agora numa condição de miserável, de miserabilidade.
E mais uma vez, então se encontra com aquele mendigo. Agora pela primeira vez,
deteve-se olhado, antes talvez, distraído com as buscas do mundo, levantando-se
andando dia a dia para as realizações de natureza mais exterior, não estava tão
atento a ele, embora o tenha ajudado materialmente, agora um pouco mais
desconectado, pelo menos essas tantas demandas que o mundo cria, muitas delas
ilusórias, podia enfim se concentrar naquela pessoa que estava diante dele.
Olha o detidamente, e então vê, aquele mendigo transfigurar na figura de Jesus.
Jesus, então lhe diz estavas a buscar-me tão longe, quando eu aqui tão próximo
estava, todos os dias, te erguia. Andavas, buscando me lá longe, nessas buscas,
nessas jornadas do mundo, que nem sempre representam verdadeiras jornadas do
Espírito, no entanto agora que caíste em si pelos aguilhões da existência que
pudestes olhar mais propriamente o que tens feito de ti, enfim me encontras,
porque, D’Arsonval, o que me busca no serviço,
mais cedo há de me encontrar. Agora que enfim despertaste para o verdadeiro
serviço, a obra divina que não é outra, senão, a edificação de nós mesmos a luz
do Evangelho, agora enfim pode vir, em direção ao meu abraço. E naquele abraço
se despede daquela existência voltando ao mundo espiritual.
Que
possamos meditar nisso, Jesus com seu chamado, às vezes está tão mais próximo
do que possamos imaginar. O erguer e o andar mais do que situações de evidência
ou destaque em nossas tarefas, será simplesmente no dia a dia, na costumeira
jornada que fazemos, a cada novo dia sabemos olhar mais detidamente para
aqueles que estão ao nosso redor o que estamos de fato buscar e qual a jornada
estamos realmente trilhando, a de fora apenas ou já a jornada por dentro de
nós.
Que Jesus
nos inspire e nos ampara todos e que todos nós, Lázaros ou paralíticos,
estacionados ou acomodados, possamos mais uma vez e sempre, lhe ouvir o chamado
que nunca deixará de ecoar, porque infinito é a misericórdia de Deus, meu
filho, minha filha, ergue-te e anda. Ou como disse Paulo, sintetizando que ele
mesmo viveu, erguido por Jesus, daquela falsa situação em que se encontrava da
estagnação, que se encontrava, erguido a vida maior, Paulo a todos nos diz
“...desperta tu que dormes, levanta-te de entre os mortos e Cristo então te
iluminar”.
A todos muita luz e muita paz que Jesus nos
abençoe sempre.