terça-feira, 21 de setembro de 2021

Fenômenos Espíritas

 

Fenômenos Espíritas

 

 De todas as provas de que existe no homem um princípio espiritual sobrevivente ao corpo, as mais frisantes são fornecidas pelos fenômenos do espiritismo ou espiritualismo.

Os fenômenos espíritas, considerados a princípio como puro charlatanismo, entraram no domínio da observação rigorosa, e, se certos sábios ainda os desdenham, rejeitam e negam; outros, não menos eminentes, os estudam, verificando sua importância e realidade.

Sabedoras por intermédio de grandes estudiosos, na América e em todas as nações da Europa, sociedades psicológicas fazem disso objeto constante de seus estudos, que desenvolvem a faculdade de comunicação entre o plano físico e outros planos.

Antigamente considerados loucos, os bravos cientistas reunidos com astrônomos, fechados em quartos, cientes e maravilhados com o sucesso de suas investidas.

Começaram a codificar e exemplificar suas experiências, fornecendo base para futuras pesquisas.

Foi nos Estados da América, em 1848, que pela primeira vez, as manifestações espíritas atraíram a atenção pública.

Pancadas “faziam se ouvir” em vários aposentos, móveis deslocavam-se sobre ação de uma força invisível, mesas se agitavam e batiam ruidosamente no solo.

Tendo um dos espectadores tido a ideia de combinar as letras do alfabeto com o número de pancadas, estabeleceu-se uma espécie de telegrafia espiritual, e a força oculta pôde conversar com os assistentes.

Disse ser a alma de uma pessoa conhecida que tinha vívido no país, entrou em minudências muito exatas, sobre sua identidade, vida e morte, e relatou particularidades próprias para dissiparem todas as dúvidas.

Outras almas foram evocadas, e responderam com a mesma precisão.

Um sábio célebre, Robert Hare, professor da Universidade da Pensilvânia, tomou francamente o partido dos espíritas, publicando sob o título: EXPERIMENTAL INVESTIGATIONS OF THE SPIRIT MANIFESTATION uma obra que fez sensação e na qual estabeleceu cientificamente a intervenção dos espíritos.

Robert Dale Daven, sábio diplomata e escritor notável; também se ligou a esse movimento de opinião, e escreveu várias obras para ô favorecer, entre as quais a que teve por título: FOOL FALLS ou THE BOUNDARY OF ANOTHER WORLD (do limite do outro mundo), conseguindo um êxito considerável.

Em 1887 o Dr. Paul Gibier, discípulo favorito de Pasteur, depois diretor do instituto anti-rábico de New York, publicou duas obras: LE SPIRITISME ou FAKERISINE OCCIDENTAL E ANALYSE e ANALYSE DES CHOSES, nas quais estuda minuciosamente e afirma desenganadamente a existência  dos fatos espíritas.

O Dr. Gibier, assistido pelo médium Slade, estudou, de modo muito especial, o curioso fenômeno da escrita direta sobre a lousa, ao qual consagrou 33 sessões.

Lousas duplas, fornecidas pelo experimentador, ficam seladas, uma sobre a outra, e assim se obtiveram em seu interior numerosas comunicações em várias línguas.

A França possuiu um homem que representou um papel considerável, Universal, no advento do espiritismo.

Allan Kardec, depois de Ter durante 10 anos, estudado pelo método positivo, com razão esclarecida e paciência infatigável, as experiências feitas em Paris; depois de Ter reconhecido os testemunhos e documentos que de todos os pontos do Globo  lhe chegaram, coordenou esse conjunto de fatos, deduziu os princípios gerais, e compôs um corpo de doutrina contido em 5 volumes, cujo êxito foi tal que alguns ultrapassam hoje a vigésima edição, a saber: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ou parte filosofia,  O LIVRO DOS MÉDIUNS ou parte experimental,  O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO ou parte moral,  O CÉU E O INFERNO ou parte analítica e a GÊNESIS ou parte científica.

A doutrina de Allan Kardec, nascida não será demasiado repeti-lo, da observação metódica da experiência rigorosa, não vem a ser um sistema definitivo, imutável, fora e acima das conquistas futuras da ciência.

Resultado combinado de conhecimentos dos dois mundos, de duas humanidades que se penetram uma à outra, ambas porem imperfeitas e em caminho para a verdade e para o desconhecido, a doutrina dos espíritos transforma-se, sem cessar, pelo trabalho e pelo progresso, e, embora superior a todos os sistemas, a todas as filosofias do passado, acha-se franca às retificações, aos esclarecimentos do futuro.

Depois da morte de Allan Kardec, o espiritismo fez uma evolução considerável.

A descoberta da matéria radiante, as análises dos sábios ingleses e americanos sobre os fluídos perispíritas ou forma revestidas pelos espíritos em suas aparições, todos esses progressos abriram ao espiritismo no horizonte, em que ele se interessou e foi escolhido.

Seu curriculum dispensa comentários, pois em cinco volumes desvendou os olhos daquela geração onde muitos o julgavam com louco, considerando suas revelações diabólicas.

Hoje repousa ao lado de cada um de nós, orientado-nos e ensinando o “a, b, c.” do espiritismo.

Foi também quem começou a comunicação dos vivos com os mortos, conseguindo a doutrinação de entidades que já tinham passado para outro estágio, e que se encontravam estacionadas, tendo outras que não admitiam a morte, não aceitando, ficando estas muito ligadas a matéria, proporcionando aos entes queridos, atormentações, medo e traumas, bem esclarecidas na luz desta doutrina que se tornou uma ciência pelos amigos que nos antecederam.

Pois esse espírito que não teve uma preparação para uma vida após a morte, preocupava-se em apenas viver os dias na inconsciência, ficaram estacionados, achando necessidade de interferir nas decisões de um encarnado, ou seja, comer, beber, satisfazer seus vícios.

Foi preciso uma comunicação entre os dois planos, para uma preparação e doutrinação para que esses espíritos passassem a novo estágio, aceitando assim o seu karma.

Sinto-me inseguro, pois ás vezes me deparar com provações, em que as dúvidas prevalecem sobre a razão, e somos fracos e só tentar não basta, temos que lutar, pois a vida nos ensina que os valores materiais não importam, nem o credo que praticarmos, desde que o vetor de nossa fé aponte para o alto em busca da verdade, da razão de estarmos encarnados.

O médium somos todos nós que preocupamos com o próximo, encontrando no espaço cósmico entidades, para nos auxiliar em nossa caminhada de caridade.

São pessoas sensitivas capazes de receber em seu corpo vibrações magnéticas de paz e harmonia, com gestos suaves, tocando a aura do assistente, proporcionando-lhe uma leveza de espírito, fazendo com que o mesmo olhe para seu interior, achando respostas para os seus problemas.

Mas para um médium consciente de suas obrigações, fazendo preparação do corpo e mente; fazendo uma limpeza de pensamentos, evitando certos ambientes, separando dias de dedicação aos espíritos, fazendo uma limpeza de corpo e mente, para ser merecedor da tarefa a ele atribuída.

O médium que procura semear o amor e a paz, refletindo diante de certas provações sociais, nunca tem um NAO como resposta, e se esforça para erra menos.

Este atrairá para sua companhia entidades com os mesmos ideais, acumulando em seu corpo, fluídos benéficos e suas palavras serão sempre percutidas em suaves toques de harmonia e seus atos abençoados, como uma gota de legítima caridade.

Parabéns aos homens de boa fé, que procuram momentos de meditação para esta humanidade doente, imaginando o criador e fazendo dele o espelho de suas atitudes, sem querer mérito ou glória, sem preconceito ou dúvidas.

Santos espíritos, que a esses homens acolhem e iluminam, semeando o amor, paz, harmonia e o perdão, espalhando pelo mundo exemplos de nosso senhor Jesus Cristo, que em sua passagem terrena, se desdobrou para mostrar o caminho.

Caminho que foi apagado pelas gerações posteriores à sua, onde pergunto; se ele reencarnasse novamente, será que estaríamos preparados para recebê-lo?

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