O importante é curar a ferida, nunca remediar.
Muitas das vezes em que tentamos ajudar outras pessoas, corremos sérios riscos de sermos mal interpretados, quando somos fraternos em demasiado, prejudicando até nós mesmos.
Precisamos aprender dosar nossas prendas ou nossos curativos,
mas nunca devemos deixar de ajudar, pois os donativos podem conter amor demais,
tirando-nos um pouco da razão.
Causando uma ligação afetiva com o doente (assistido),
acrescentando este ao nosso karma e corremos o risco de nos contaminar, falo
isto para pessoas puras de coração capazes de se doarem em prol do seu próximo.
Quando ao ver uma pessoa em determinada calçada, com uma carinha
cheia de dor, mendigando, com uma ferida no seu corpo franzino, ou uma mãe com
seu filho, pedindo esmola; logo o coração toma conta da razão e damos a esmola.
Sentimos pena e as esmolando-as, para apagar um pouco de nossa
culpa, quando o mais fácil e menos doloroso seria pensar em algo como curar a
ferida ou então empenhar-se em um trabalho em busca de assistência e resolução
do problema deste irmão.
Amparando e escutando-o
para que se erga e recomece uma nova caminhada.
Mas não é tão fácil, pois a ferida que nos causa espanto serve
como ganha pão destes nossos irmãos, enfermos mentais e carentes de afeto, que
exibem sua dor pelo preço que a maioria da sociedade prefere pagar.
Se eu tivesse o poder de curar todas as feridas, cessar todo o
problema, no início seria bem admirado e até aplaudido, mas garanto que não seria
bem visto por essas pessoas assistidas, pois após a cura, teriam que trabalhar
e lutar como uma pessoa sã.
O milagre tem que ser muito bem estudado, pois tudo tem um porque,
que compete somente a Divindade administrar.
Faça esta experiência no seu dia-a-dia ao ver um doente ou
injustiçado, pergunte-lhe se quer ser curado, para viver sem estas muletas que
lhe dão o alimento.
Estamos constantemente passando por estas provações,
despercebidas ora atenuadas.
O medo de um comprometimento faz com que nem ao menos analisemos
tais quadros, que estão por todas as partes que passamos (calçadas, nas
compras, no lazer e etc.).
O que devemos fazer é meditar com pensamento firme pedindo a Deus, que nos dê forças, para estes nossos irmãos entregues ao desleixo, acomodados, que pensam que sua doença é culpa do mundo; Perdedores derrotados por si mesmo, que deixam de lutar pela vida, para vegetar.
São como plantas que precisam do esterco chamado amor, que lhes
darão forças para o seu restabelecimento interior, buscando em cada gesto, energia
exalada por um sorriso radiante de otimismo que por muito tempo foi cruelmente
desperdiçado.
No mundo com seus altos e baixos, vivenciamos a cada dia, novas
experiências, pelo aprendizado constante de verdadeiras conquistas.
Lembrando também do espelho que nos iguala, pois somos frutos da
mesma árvore, talvez com pouco menos de dor ou injustiça, no entanto somos para
o criador do Universo, verdadeiros irmãos.
Precisamos vigiar cada ato de nossa existência, pois quando bem
vividos fazem-se eterno, na vida material temos o livre arbítrio, para
liberdade total de escolha, acreditar ou não, sonhar ou viver.
Estamos encantados e vivendo adormecidos, chegou a hora de
acordar para vida espiritual, lutar como na velha historia de um beija-flor,
que ao ver um incêndio na floresta, enchia o seu pequenino bico de água para
combater o fogo, enquanto os demais bichos saiam em debandada.
Ele nos ensina que temos que dar nossa pequena contribuição e não acovardar-se diante dos problemas de nossa vida.
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