Visita ao Mundo do não mais Existir
Certa noite tive encontro
com meu pai e fomos a um lugar com seu fusca azul e tinha no banco traseiro um
passageiro que já estava no carro, quando encontrei com eles.
Seguindo viagem por
estradas turbulentas de chão batido, meu pai conduzia o fusca com muita pericia
exigindo do motor o máximo de sua capacidade, eu como todo mecânico apreciando
o ronco do motor, analisando a eficiência do funcionamento, na qual percebi estar
como novo.
Depois de muitas curvas e
subidas e descidas chegamos a um lugar onde o passageiro que estava no banco
traseiro o senhor Pé Fino, como era conhecido, ficou e logo foi para sua casa à
beira da estrada.
Logo que começamos novamente
a viagem aconteceu um imprevisto com a estrada, tinha sido corrompida por
grande erosão sem como seguir por aquele caminho, fomos obrigados a voltar em
outra direção.
Assim novamente na
condução segura por alguns breves minutos e chegamos a um destino que parecia familiar.
Meu pai logo sumiu dentro
da casa grande e fiquei com pessoas conhecidas e que ficaram muito felizes com
minha presença e logo foram providenciar algo para minha degustação.
Havia ali um fogão de
lenha e uma senhora gentil, seria a tia Nega, conduzia os preparativos para o
que me pareceu ser o almoço.
Chegando assim outra
senhora, Dona Felicidade, de envergadura mais elevada, como saindo de um quarto
onde estava cuidando dos longos cabelos de cor acinzentada o que certamente
quando mais jovem eram negros como a noite.
Em amistosa conversa pois
o tratamento era muito estreito repleto de carinho e respeito sem rodeios, e
contava-me coisas comuns em minhas memórias.
Assim é chegado um
momento do servir o prato como de costume em que segurando o recipiente adianto
ao fogão e me sirvo adequadamente, más entra em cena um moleque que me adianta
tirando o pedaço do frango no meio de uma sopa o qual julgo seria o meu, pois
sempre separavam a sobrecoxa para mim, quando reuníamos a família nos almoços
de domingos.
Esse molequinho com olhos
travesso ficou com sorriso maroto, mostrando que fez de propósito e logo foi
reprimido pela matriarca: sai daqui seu moleque travesso.
Servido da sopa que parecia muito incomum más grande
era a vontade de repetir pela excelência do cheiro e paladar.
Sentia a necessidade de
conhecer melhor a casa que parecia muito simples mas com grande extensão e fui
passando por vários quartos que parecia vazios até que cheguei ao fundo onde
havia uma nova instalação feita paredes com bambu e o telhado feito de palha.
Estavam ali grande número
de pessoas fazendo um culto, semelhante as feita em terreiros de umbanda,
pessoas trajando branco e ao centro uma fogueira em que depositavam ervas em
seu fogo e a fumaça saindo entre as palhas e ali fiquei a observar por algum
tempo.
Não sei como acontecia,
más sabiam da minha presença aos redores e comunicavam dentro da minha cabeça
sem a verbalização de palavras.
Voltei a casa e novamente
com dona Felicidade que me externou a satisfação da minha visita e falando que
agora que conhecia o caminho que deviria voltar outras vezes.
De repente ela expressou
que deixou de existir, foi então que percebi que estava no plano espiritual
visitando meus parentes em sua morada e causa de me senti tão à vontade com
aquelas pessoas que me são caras e cuidam do meu bem estar aqui enquanto
encarnado.
Analisando melhor, vejo
que o mundo espiritual é vibrante e continuamos fazendo aquilo que fazíamos na
terra quando encarnado.
Famílias vão recebendo os que chegam e começa
a terem obrigações como temos as nossas aqui na terra.
A morte não existe para o
espírito, apenas passamos para um mundo mais sutil e continuamos como família,
ajudando-se reciprocamente e cuidando dos recém chegados, até uma nova
oportunidade para encarnar na terra, seguindo a programação espiritual.
É muito confortante saber
que eles velam pelo nosso sucesso e esperam de braços abertos nosso retorno ao
nosso lar espiritual.
Muita Paz.
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