segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Visita ao Mundo do não mais Existir

 

Visita ao Mundo do não mais Existir

Certa noite tive encontro com meu pai e fomos a um lugar com seu fusca azul e tinha no banco traseiro um passageiro que já estava no carro, quando encontrei com eles.

Seguindo viagem por estradas turbulentas de chão batido, meu pai conduzia o fusca com muita pericia exigindo do motor o máximo de sua capacidade, eu como todo mecânico apreciando o ronco do motor, analisando a eficiência do funcionamento, na qual percebi estar como novo.

Depois de muitas curvas e subidas e descidas chegamos a um lugar onde o passageiro que estava no banco traseiro o senhor Pé Fino, como era conhecido, ficou e logo foi para sua casa à beira da estrada.

Logo que começamos novamente a viagem aconteceu um imprevisto com a estrada, tinha sido corrompida por grande erosão sem como seguir por aquele caminho, fomos obrigados a voltar em outra direção.

Assim novamente na condução segura por alguns breves minutos e chegamos a um destino que parecia familiar.

Meu pai logo sumiu dentro da casa grande e fiquei com pessoas conhecidas e que ficaram muito felizes com minha presença e logo foram providenciar algo para minha degustação.

Havia ali um fogão de lenha e uma senhora gentil, seria a tia Nega, conduzia os preparativos para o que me pareceu ser o almoço.

Chegando assim outra senhora, Dona Felicidade, de envergadura mais elevada, como saindo de um quarto onde estava cuidando dos longos cabelos de cor acinzentada o que certamente quando mais jovem eram negros como a noite.

Em amistosa conversa pois o tratamento era muito estreito repleto de carinho e respeito sem rodeios, e contava-me coisas comuns em minhas memórias.

Assim é chegado um momento do servir o prato como de costume em que segurando o recipiente adianto ao fogão e me sirvo adequadamente, más entra em cena um moleque que me adianta tirando o pedaço do frango no meio de uma sopa o qual julgo seria o meu, pois sempre separavam a sobrecoxa para mim, quando reuníamos a família nos almoços de domingos.

Esse molequinho com olhos travesso ficou com sorriso maroto, mostrando que fez de propósito e logo foi reprimido pela matriarca: sai daqui seu moleque travesso.

 Servido da sopa que parecia muito incomum más grande era a vontade de repetir pela excelência do cheiro e paladar.

Sentia a necessidade de conhecer melhor a casa que parecia muito simples mas com grande extensão e fui passando por vários quartos que parecia vazios até que cheguei ao fundo onde havia uma nova instalação feita paredes com bambu e o telhado feito de palha.

Estavam ali grande número de pessoas fazendo um culto, semelhante as feita em terreiros de umbanda, pessoas trajando branco e ao centro uma fogueira em que depositavam ervas em seu fogo e a fumaça saindo entre as palhas e ali fiquei a observar por algum tempo.

Não sei como acontecia, más sabiam da minha presença aos redores e comunicavam dentro da minha cabeça sem a verbalização de palavras.

Voltei a casa e novamente com dona Felicidade que me externou a satisfação da minha visita e falando que agora que conhecia o caminho que deviria voltar outras vezes.

De repente ela expressou que deixou de existir, foi então que percebi que estava no plano espiritual visitando meus parentes em sua morada e causa de me senti tão à vontade com aquelas pessoas que me são caras e cuidam do meu bem estar aqui enquanto encarnado.

Analisando melhor, vejo que o mundo espiritual é vibrante e continuamos fazendo aquilo que fazíamos na terra quando encarnado.

 Famílias vão recebendo os que chegam e começa a terem obrigações como temos as nossas aqui na terra.

A morte não existe para o espírito, apenas passamos para um mundo mais sutil e continuamos como família, ajudando-se reciprocamente e cuidando dos recém chegados, até uma nova oportunidade para encarnar na terra, seguindo a programação espiritual.

É muito confortante saber que eles velam pelo nosso sucesso e esperam de braços abertos nosso retorno ao nosso lar espiritual.

Muita Paz.  

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