domingo, 3 de novembro de 2019

Vida e Alcoolismo 3a parte

Vida e Alcoolismo

Continuação - 3º parte
Joaquim Gamonal

É na família que os nossos hábitos se formam, a educação é a arte de incutir novos hábitos.
Eu vi um vídeo há dois dias, que aparece uma criança, do belo Dudu, gordinho e fofinho e a madrinha corre atrás dele e diz: Você me promete que não vai crescer! Porque a dinda quer te apertar assim gostozinho a vida inteira, e você não pode crescer. Ele retrucou: EU VOU CRESCER, EU VOU CRESCER.  A dinda perguntou: porque você quer crescer? Dudu - Porque eu quero ser GRANDE; Dinda - Porque você quer ser grande? Dudu – quero ser GRANDE como meu Pai e poder beber cerveja como meu PAI. Não mostrou o vídeo por motivos de proteção a infância.
Quem é o nosso filho? Quem é esse espírito que veio em mais uma incursão terrestre? Fruto de um planejamento encarnatório do qual participamos ativamente. Nós trazemos para nossa família afetos, aqueles que nos são caros e desafetos, aqueles que possivelmente possamos termos prejudicado. Trazemos alguns com vícios e talvez tenhamos deixado ir por um caminho errado ou tenhamos sido participes nesse descaminho.
Cinco dedos da minha mão, cinco dedos diferentes; cinco filhos de uma família, cinco filhos diferentes; não sabemos que são esses espíritos, se advém do vício do álcool, se advém do vício da droga ou do sexo; más nos cabe, quanto Pais, cortar o mau pela raiz; e eu digo isso para falar do Álcool. Talvez não para todos aqui presentes, porque já tenham a consciência neste sentido, más para muitos daqueles que nos cercam e conosco convivem e que muitas das vezes acabam enveredando por caminhos que desestruturam famílias; talvez minutos horas de alegria no álcool, talvez séculos de sofrimento.
Temos no espiritismo muitas obras que se reportam ao alcoolismo; André Luiz na sua série no mundo espiritual, mecanismo da mediunidade, Céu e o Inferno, Missionário da Luz, Nosso Lar; Dona Ivone do Amaral Pereira em ressurreição e vida, recordação da mediunidade, Divaldo que aqui esteve hoje, com seu livro Após a tempestade, posando com a crise da morte; Leon Deni, A vida depois da Morte. Todos eles mostram para nós o problema do álcool.
Nós acreditamos nas obras espíritas? Quando fala de Jesus, quando fala de evolução, temos também que acreditar, também nas obras espíritas quando fala do vício e do descaminho.
Chico Xavier não se debruçaria sobre horas, meses, anos de psicografia. A espiritualidade superior não traria obra tão grandiosa para nos alertar sobre o vício, más nós insistimos em não olhar.
Nós acreditamos que podemos dar jeito, más com o alcoolismo costuma NÃO TER JEITO.
Numa das obras de Chico Xavier, com muitos colaboradores em Pedro Leopoldo, falei sobre ela ontem, das Vozes do Além, temos a passagem número 30, de um xará, alcoólatra como um dia eu fui, Joaquim Dias 1956, trazido pela espiritualidade superior, até o Chico e seus companheiros de trabalho mediúnico no centro espírita Memei, diz o que foi sua vida e o que o esperava; lei de causa e efeito e vou falar apenas um trecho porque hoje o tempo é curto.
Más dizem assim: Sou Joaquim Dias, farrapo hoje do que fui ontem, alcoólatra, não existe na terra palavra com maior potencial para o crime.
Alcoólatra, não é apenas o verdugo de si mesmo, más é a arma e o instrumento das trevas para dizimar com a vida; eu bebia socialmente, nas festas nas comemorações, passei também tomar um pouquinho nos momentos de tristeza; Eu esposo e filho, morando com meus pais, tudo foi se deteriorando; um grande incêndio não começa, senão por uma pequena fagulha; de copinho a copinho de gole em gole se forma um alcoólatra; a minha família que não bebia foi toda atacada pelo álcool; inimigos familiares se apoderavam de mim e diziam: Bebe Joaquim, Bebe Joaquim, apesar de vez por outra uma voz dizer: ainda é tempo! para meu filho. A história é mais longa é tétrica é triste, e não vou continuar; apenas para que nos alerte.
De que o álcool é o grande devorador das famílias, destruidor das famílias; Na minha prática diária por cerca de 17, 18 a 19 audiências por dia, 80% a 90% dos casos com álcool envolvido, eu nunca marquei, isso não é imaginação, é difícil encontrar no dia um ou dois casos que não tenha  e que o álcool não apareceu.
Seja nas traições como desinibidor ou encorajador, seja nos desempregos como um elemento de baixa produção de não cumprimento de seus deveres; sejam nos acidentes que levam nossos filhos, pais, maridos, mulheres, e as famílias ficam perdidas, seja nos crimes, hoje mais de 70% dos casos de agressão a mulher, tem o álcool como coadjuvante ou talvez como ator principal; o que é que estamos esperando? Precisamos incutir em nós e a doutrina espírita é muito útil para isso, que mostra, aparece, conta o que nós fizemos e a espiritualidade trás a ideia do que nos espera do lado de lá.
Está na hora de mudar, esse belo passeio que propus a vocês ontem, pode até terminar hoje, mas espero que os efeitos perdurem, porque hoje à noite ainda nós voltamos para nossas casas, amanhã estarei cedo no fórum, estarão cada um de vocês em seus trabalhos, à tarde a noite, nossas atividades continuaram nas casas espíritas nas reuniões mediúnicas, e todo mundo que estará conosco nesses encontros, possivelmente estarão com os mesmos problemas, más nós ao sairmos daqui ao encontrá-los, temos uma chance maravilhosa de fazer a diferença; de fazer que todos os problemas que vivemos até ontem, pareçam que vivemos no paraíso, más tudo que deixamos até ontem não seja encarado como problema, obstáculo más sim como oportunidade, como degrau para nossa evolução, assim o nosso mestre modelo e guia fazia: levantava, tomava seu café com Pedro e saia, e não estava marcado para estar com a mulher adultera esperando por ele, estava passando, não estava parado, porque tinha a prostituta, porque tinha o paralitico; é o dia-a-dia, aparecem às pessoas nervosas, aparecem às pessoas com problemas, aparecem as que precisam de ajuda, é a oportunidade que temos a cada dia, em casa, no trabalho, no transito, na comunidade social na comunidade religiosa, não importa o que nos acontece; o importante é o que gente faz do que nos acontece. Isso a doutrina espírita nos ajuda, me faz lembrar da passagem de Jesus com os Fariseus, falando sobre responsabilidades; um fariseu pergunta a ele (Jesus) se seriam culpados? Se fosseis cegos não seriam culpados, mas ti mesmo disseste que são o doutores da lei, logo, serão culpados.
Vamos substituir os fariseus por nós Espíritas, nós Católicos, Nós Evangélicos, nós Cristãos e não Cristãos; isso também não importa a religião; Jesus também não tinha uma especifica, Cristianismo é uma forma diferente de viver.
Com tudo isso para nós Espíritas ou não, más conscientes das leis de Deus; já não somos cegos, já seremos responsabilizados, o espiritismos nos devolveu a visão, e aí que entramos com o Amor; Amor decisão, de arregaçar as mangas e mudar os hábitos, fazer para ter a reforma íntima; reforma íntima é difícil, porque toda reforma dá muito movimento, muito trabalho, reforma é transformação quando resolvemos reformar a nossa casa, temos que tirar móveis, tem que mudar, ir para outro cômodo, é uma poeira uma sujeira uma confusão. Dizem que é melhor comprar uma casa nova ao invés de reformar a velha, a velha não a ”esposa” a casa; minha esposa não se reforma e não se troca, fica sempre como o anjo que Deus nos mandou. Homenagem feita à esposa que estava na platéia.
Deus manda anjos não é com asinhas e sim como esposas, como esposo.
O alcoolismo é a grande dificuldade para nós, mesmo nós que bebemos socialmente, quando dizemos nós que bebemos, fazendo um ponto, pois muitos não bebem, eu também não, más já fui alcoólatra.
Não bebo há 25 anos, meus filhos nunca me viram beber, porque eu parei antes, a estrada de Damasco caiu, meu cavalo caiu, porque? Devem ter falado, já tomou pau como mãe e teve que vir como pai, e ainda vai beber? Não vai dar certo meu filho.  

Continua com a conclusão final...

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