Vida e Alcoolismo
Continuação
- 3º parte
Joaquim
Gamonal
É na família que os nossos hábitos se
formam, a educação é a arte de incutir novos hábitos.
Eu vi um vídeo há dois dias, que
aparece uma criança, do belo Dudu, gordinho e fofinho e a madrinha corre atrás
dele e diz: Você me promete que não vai crescer! Porque a dinda quer te apertar
assim gostozinho a vida inteira, e você não pode crescer. Ele retrucou: EU VOU
CRESCER, EU VOU CRESCER. A dinda
perguntou: porque você quer crescer? Dudu - Porque eu quero ser GRANDE; Dinda -
Porque você quer ser grande? Dudu – quero ser GRANDE como meu Pai e poder beber
cerveja como meu PAI. Não mostrou o vídeo por motivos de proteção a infância.
Quem é o nosso filho? Quem é esse
espírito que veio em mais uma incursão terrestre? Fruto de um planejamento
encarnatório do qual participamos ativamente. Nós trazemos para nossa família
afetos, aqueles que nos são caros e desafetos, aqueles que possivelmente possamos
termos prejudicado. Trazemos alguns com vícios e talvez tenhamos deixado ir por
um caminho errado ou tenhamos sido participes nesse descaminho.
Cinco dedos da minha mão, cinco dedos diferentes; cinco filhos de uma família, cinco filhos diferentes; não sabemos
que são esses espíritos, se advém do vício do álcool, se advém do vício da
droga ou do sexo; más nos cabe, quanto Pais, cortar o mau pela raiz; e eu
digo isso para falar do Álcool. Talvez não para todos aqui presentes, porque já
tenham a consciência neste sentido, más para muitos daqueles que nos cercam e
conosco convivem e que muitas das vezes acabam enveredando por caminhos que
desestruturam famílias; talvez minutos horas de alegria no álcool, talvez
séculos de sofrimento.
Temos no espiritismo muitas obras que
se reportam ao alcoolismo; André Luiz na sua série no mundo espiritual,
mecanismo da mediunidade, Céu e o Inferno, Missionário da Luz, Nosso Lar; Dona
Ivone do Amaral Pereira em ressurreição e vida, recordação da mediunidade,
Divaldo que aqui esteve hoje, com seu livro Após a tempestade, posando com a
crise da morte; Leon Deni, A vida depois da Morte. Todos eles mostram para nós
o problema do álcool.
Nós acreditamos nas obras espíritas?
Quando fala de Jesus, quando fala de evolução, temos também que acreditar, também
nas obras espíritas quando fala do vício e do descaminho.
Chico Xavier não se debruçaria sobre
horas, meses, anos de psicografia. A espiritualidade superior não traria obra
tão grandiosa para nos alertar sobre o vício, más nós insistimos em não olhar.
Nós acreditamos que podemos dar
jeito, más com o alcoolismo costuma NÃO TER JEITO.
Numa das obras de Chico Xavier, com
muitos colaboradores em Pedro Leopoldo, falei sobre ela ontem, das Vozes do
Além, temos a passagem número 30, de um xará, alcoólatra como um dia eu fui, Joaquim
Dias 1956, trazido pela espiritualidade superior, até o Chico e seus
companheiros de trabalho mediúnico no centro espírita Memei, diz o que foi sua
vida e o que o esperava; lei de causa e efeito e vou falar apenas um trecho
porque hoje o tempo é curto.
Más dizem assim: Sou Joaquim Dias,
farrapo hoje do que fui ontem, alcoólatra, não existe na terra palavra com
maior potencial para o crime.
Alcoólatra, não é apenas o verdugo de
si mesmo, más é a arma e o instrumento das trevas para dizimar com a vida; eu
bebia socialmente, nas festas nas comemorações, passei também tomar um
pouquinho nos momentos de tristeza; Eu esposo e filho, morando com meus pais,
tudo foi se deteriorando; um grande incêndio não começa, senão por uma pequena
fagulha; de copinho a copinho de gole em gole se forma um alcoólatra; a minha
família que não bebia foi toda atacada pelo álcool; inimigos familiares se
apoderavam de mim e diziam: Bebe Joaquim, Bebe Joaquim, apesar de vez por outra
uma voz dizer: ainda é tempo! para meu filho. A história é mais longa é tétrica
é triste, e não vou continuar; apenas para que nos alerte.
De que o álcool é o grande devorador das
famílias, destruidor das famílias; Na minha prática diária por cerca de 17, 18
a 19 audiências por dia, 80% a 90% dos casos com álcool envolvido, eu nunca
marquei, isso não é imaginação, é difícil encontrar no dia um ou dois casos que
não tenha e que o álcool não apareceu.
Seja nas traições como desinibidor ou
encorajador, seja nos desempregos como um elemento de baixa produção de não
cumprimento de seus deveres; sejam nos acidentes que levam nossos filhos, pais,
maridos, mulheres, e as famílias ficam perdidas, seja nos crimes, hoje mais de
70% dos casos de agressão a mulher, tem o álcool como coadjuvante ou talvez como
ator principal; o que é que estamos esperando? Precisamos incutir em nós e a
doutrina espírita é muito útil para isso, que mostra, aparece, conta o que nós
fizemos e a espiritualidade trás a ideia do que nos espera do lado de lá.
Está na hora de mudar, esse belo
passeio que propus a vocês ontem, pode até terminar hoje, mas espero que os
efeitos perdurem, porque hoje à noite ainda nós voltamos para nossas casas, amanhã
estarei cedo no fórum, estarão cada um de vocês em seus trabalhos, à tarde a
noite, nossas atividades continuaram nas casas espíritas nas reuniões mediúnicas,
e todo mundo que estará conosco nesses encontros, possivelmente estarão com os
mesmos problemas, más nós ao sairmos daqui ao encontrá-los, temos uma chance
maravilhosa de fazer a diferença; de fazer que todos os problemas que vivemos
até ontem, pareçam que vivemos no paraíso, más tudo que deixamos até ontem não
seja encarado como problema, obstáculo más sim como oportunidade, como degrau
para nossa evolução, assim o nosso mestre modelo e guia fazia: levantava, tomava
seu café com Pedro e saia, e não estava marcado para estar com a mulher
adultera esperando por ele, estava passando, não estava parado, porque tinha a
prostituta, porque tinha o paralitico; é o dia-a-dia, aparecem às pessoas
nervosas, aparecem às pessoas com problemas, aparecem as que precisam de ajuda,
é a oportunidade que temos a cada dia, em casa, no trabalho, no transito, na
comunidade social na comunidade religiosa, não importa o que nos acontece; o
importante é o que gente faz do que nos acontece. Isso a doutrina espírita nos
ajuda, me faz lembrar da passagem de Jesus com os Fariseus, falando sobre
responsabilidades; um fariseu pergunta a ele (Jesus) se seriam culpados? Se fosseis
cegos não seriam culpados, mas ti mesmo disseste que são o doutores da lei,
logo, serão culpados.
Vamos substituir os fariseus por nós
Espíritas, nós Católicos, Nós Evangélicos, nós Cristãos e não Cristãos; isso
também não importa a religião; Jesus também não tinha uma especifica,
Cristianismo é uma forma diferente de viver.
Com tudo isso para nós Espíritas ou não,
más conscientes das leis de Deus; já não somos cegos, já seremos
responsabilizados, o espiritismos nos devolveu a visão, e aí que entramos com o
Amor; Amor decisão, de arregaçar as mangas e mudar os hábitos, fazer para ter a
reforma íntima; reforma íntima é difícil, porque toda reforma dá muito
movimento, muito trabalho, reforma é transformação quando resolvemos reformar a
nossa casa, temos que tirar móveis, tem que mudar, ir para outro cômodo, é uma
poeira uma sujeira uma confusão. Dizem que é melhor comprar uma casa nova ao
invés de reformar a velha, a velha não a ”esposa” a casa; minha esposa não se
reforma e não se troca, fica sempre como o anjo que Deus nos mandou. Homenagem
feita à esposa que estava na platéia.
Deus manda anjos não é com asinhas e
sim como esposas, como esposo.
O alcoolismo é a grande dificuldade
para nós, mesmo nós que bebemos socialmente, quando dizemos nós que bebemos,
fazendo um ponto, pois muitos não bebem, eu também não, más já fui alcoólatra.
Não bebo há 25 anos, meus filhos
nunca me viram beber, porque eu parei antes, a estrada de Damasco caiu, meu
cavalo caiu, porque? Devem ter falado, já tomou pau como mãe e teve que vir
como pai, e ainda vai beber? Não vai dar certo meu filho.
Continua com a conclusão final...
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