Palestra
XXV Feira do Livro Espírita – A parábola dos talentos e a administração do
tempo
Palestrante: Luciano Alencar
– companheiro da cidade de Barbacena, atuante no meio espírita da nossa região e
todo o Brasil.
Bom dia, é com prazer
enorme que retornamos a cidade de Santos Dumont, onde já me sinto em casa e
hoje queremos propor não fazermos uma palestra, más sim um diálogo.
Se nós fossemos examinar
o ensinamento do Cristo, ele sintetiza seu ensinamento no amor e diz que ele é
o caminho para encontrarmos o amor que é a felicidade.
Que está registrado nos
evangelhos uma fala dele simples, direta e objetiva, quando ele diz assim: Eu
sou o caminho; O caminho da verdade e o caminho da vida e ninguém chega ao pai
senão por mim, o caminho.
E para ele explicar essa
mensagem tão curta e tão profunda, ele usava metáforas, parábolas e nessas
metáforas ele sempre associava o amor, aquilo que era a representação de um
reino.
O reino de Deus, que há
dentro de nós.
Tanto é que o perguntavam
a ele; Mestre: Onde está o reino de Deus?
Aqui, acolá, quando vai
chegar o reino de Deus?
Quando nós vamos
alcança-lo?
Ele diz: que o reino de
Deus está dentro de nós, e se assemelha a uma busca interior.
Se olharmos na filosofia
esse ensinamentos também estão lá, através de muitos outros pensadores.
Se pegarmos uma das
inscrições mais antiga, no tempo de Delfos, vamos encontrar uma afirmativa
dizendo assim: se queres conhecer os homens e os Deuses, conhece-te a ti mesmo.
Na época os gregos eram
politeístas, então se queres conhecer o homem, conhece-te a ti mesmo.
Em torno dessa
tecnologia, metodologia, dessa busca do ensinamento do Reino de Deus, Jesus
deixou diversos legados, através de algumas parábolas e hoje trouxe aqui a
Parábola dos talentos.
Está registrada nos
evangelhos sinóticos e é mais ou menos assim; você quer encontrar o reino de
Deus?
O reino de Deus é
semelhante ao um senhor que era proprietário de um grande campo e precisava
fazer uma viagem longa, na qual ele ficaria muito tempo fora da sua terra sua
propriedade.
Então chamou três dos
seus servidores, e de acordo com habilidade de cada um, de acordo com as características
de cada um ele deu ao primeiro servidor cinco talentos; ao segundo servidor
dois talentos e ao último servidor deu um talento e foi-se em uma viagem longa.
Más os servidores sabiam
que quando o senhor retornasse ele iria postular uma prestação de conta, porque
a quem foi dado, será pedido, será cobrado.
Então eles aguardaram a
chegado do Senhor; passado o tempo e o servidor volta e chama os servidores
para a prestação da conta e o primeiro servido comparece e entrega os cinco
talentos e diz: Senhor eu multipliquei os vossos talentos e além dos cinco que
o senhor me confiou eu agora entrego mais cinco talentos. E o senhor muito
satisfeito; Oh! Servidor fiel, foi fiel no pouco, você então será fiel também
no muito, vem gozar da alegria do seu senhor e vem pra junto do seu senhor que
muito mais lhe será dado.
O senhor chamou o segundo
servidor; aquele que tinha recebido os dois talentos, que entregou ao senhor os
dois talentos, e diz: senhor eu também multipliquei os talentos que o senhor me
deu, toma aqui mais dois talentos, que são os frutos do meu trabalho do meu
esforço durante o período que o senhor esteve fora. E o senhor teve o mesmo
comportamento, servidor fiel, foi fiel no pouco será fiel no muito, vem gozar
da alegria do seu senhor, vem estar comigo.
E finalmente o senhor
convida o último servidor, aquele que tinha recebido apenas um talento, e o
servidor diz; Senhor: eu sei que o senhor é rigoroso, que o senhor colhe onde não
planta e eu fiquei com medo.
Eu peguei aquele talentos
que o senhor me deu e eu enterrei e hoje que o senhor toma as contas e devolvo
aquilo que é seu, eis aqui o seu talento.
E na parábola o senhor
diz: servidor infiel, você que eu colho onde não planto, que sou severo, podia
ter entregue aos banqueiros para que quando eu retornasse tivesse pelo menos os
juros do talento que te dei.
Mal servidor, até o pouco
que lhe dei, lhe será tirado, e será jogado no reino exterior, aonde há dor e
ranger de dentes.
Assim Jesus termina essa enigmática
parábola, o que será que ele está querendo dizer? Com essa estranha moral
colocada na parábola dos talentos?
Se olharmos pela
história, e vou evocar a memória de vocês, que certamente alguns de nós,
estivemos por lá e vou pedir ajuda de você. Você me ajudam?
Para decifrar o enigma,
pode ser?
O que será os talentos? Um
dos povos mais antigos, os Sumérios utilizavam essa medida que é o talento,
para medir alguma coisa; cereais, as medidas daquele tempo.
Então o que seria um
talento? Para os Sumérios? Alguém aqui já esteve na Suméria? Já esteve lá numa existência
anterior? A mais ou menos cinco mil anos atrás, nós somos reencarnacionistas,
então aquele que tenha passado por lá possa nos ajudar para descobrir esse talento.
O talento para os
Sumérios era a representação de sessenta minas; ajudou? Todo mundo entendeu? Não
e tão vamos lá; não sou muito de fazer isso más vou buscar mais na memória de
vocês.
Uma mina são cem dracmas;
pronto agora está resolvido; ok? Kkk
Vocês se lembra o que é
uma dracmas? Também não? Então é porque a memória do passado fica
esquecida. A benção do esquecimento do
passado, porque ainda não nos conta de lidar com o presente, imagina se lembrássemos
do passado e o que fizemos entre os sumérios.
Então vou puxar na
memória de você o que seria um dracmas; para aquele povo Dracmas era a
renumeração por um dia de trabalho.
Agora ficou mais fácil? Não
ficou? Quanto vale o seu dia de trabalho? Esse é um dracmas.
Na cultura dos sumérios e
vocês que são bons de matemática já fizeram a conta se um talento são sessenta
minas, uma minas são cem dracmas, então um talento são seis mil dracmas.
Seis mil dias de trabalho,
representa na fonte suméria 6000 mil dias de trabalhos.
E para entender de uma
forma bem pedagógica vamos traduzir aqui, no nosso tempo.
Tem alguém aqui que
trabalha pela CLP? consolidação das leis do trabalho tem um vínculo de emprego?
Ninguém, poxa vida, só tem senhor aqui, não tem servo. Kkk.
Tem um, apareceu um
irmão; meu irmão no vínculo da CLT, quantas horas de trabalho você faz por dia?
Tem descanso semanal renumerado? Tem, o domingo é um dia de descanso
renumerado.
Os povos antigos eram
sábios; sabiam que a pessoa precisava de descanso, que não pode trabalhar
direto sem o descanso sem parar, até os escravos, os servos tinham esse direito
semanal. Porque a pessoa tem que parar para descansar.
Então olha só o regime da
CLT, são oito horas por dia quarenta e oito horas por semana, com descanso
renumerado.
Para quem é bom de matemática,
vão dar aproximadamente vinte anos de trabalhos.
Então podemos começar a
explorar a parábolas dos talentos, o primeiro servidor que ganhou cinco
talentos vezes 20 anos, então ele ganhou 100 anos de trabalho.
Já observamos que dentre
nós existem diversos centenários?
Para aquele que ganhou
dois talentos, quantos anos de trabalho? 40 anos de trabalho.
Aquele que ganhou apenas um
talento? Ganhou 20 anos de trabalho.
Esse cumpriu a missão
mais rápido, foi embora mais cedo.
Então meu irmãos minhas
irmãs, nós podemos usar o ensinamento do Emanuel para entender essa parábola, através
do chico Xavier que ele diz que o tempo é o talento de Deus.
E Deus dá a cada um tempo
para que nós passarmos aqui na terra, esse tempo para que transformemos em
pessoas melhores, afinal de conta ele é o caminho da verdade e da vida, o
Cristo é aquele que nos ensina a usar o tempo.
E por isso que nos estudo de hoje, nos falamos do nosso tempo e da administração do nosso tempo. agora vou apertar com vocês; Como nós estamos administrando nosso tempo? deu um tempo para refletirmos...
Eu tenho ouvido por aí, algumas pessoas dizendo que houve uma inclinação no eixo da terra, e essa inclinação por menor que ela seja diminuiu nosso tempo, pode até ser verdade, os astrofísicos fazem esses cálculos.
Más como nós contamos nosso tempo aqui na terra? estando nos corpos físicos?
Vocês concordam que contamos nosso tempo pelo movimento de rotação e translação da terra, a medida que a terra gira em torno dela, conta-se 24 horas, a medida que a terra gira em torno do sol 365 dias e algumas horas, é assim que contamos o nosso tempo.
Será que essa inclinação do eixo foi tão grande ao ponto de alterar a contagem de horas no nosso planeta? certamente que não.
Então continuamos com 24 horas por dia, o que mudou então? mudou a forma como lidamos com nosso tempo. vou dar um exemplo: vamos criar uma ficção, usando o pessoal da mesa; vamos imaginar que O Marco se apaixonou pela Carmem, e que a Carmem se apaixonou pelo Marcos; eles moravam em cidades diferentes e um queria se corresponder com o outro, alguns anos atrás; escreviam cartas de papel, e colocava nos correios e os correios iam até a outra cidade levar as cartas, que era por muitas vezes esperadas com ansiedade e expectativa, e chegou a carta. além da mensagem um poema umas pétala de flor, um perfume e abrindo a carta tinham notícias do seu amor.
Olha que coisa romântica, será que aconteceu isso? perguntou aos dois; confirmaram "poema".
O Carmem, quantos dias demorava para chegar a carta? era na mesma cidade más era feito. dependendo da cidade do País, demorava dias, meses.
Se olharmos mais pra trás ainda, o correio era a pé ou a cavalo, demorava muito mais; observaram, era o mesmo fenômeno que acontece hoje.
Só que agora o meio de comunicação é mais rápido, o rapaz se interessa pela moço e a moça pelo rapaz, entra no Instagran, manda um Whatzap, ou usa outros meios que são tantos nas redes sociais e a comunicação é instantânea.
E a resposta tem que ser instantânea também, senão a outra pessoa fica magoada; eu te mandei a msn já tem 30 segundos e vocês nem respondeu, nem visualizou.
Está me desprezando, visualizou e nem respondeu... um absurdo, poxa vida.
Eeu esperava mais consideração, eu estava apaixonada, isso quer dizer um não, é uma tábua, uma negativa, não quero nada com você.
Aí vamos pegar um casal mais jovem, Tamíres e Daniel, foi pela rede social assim? ou foi em alguma ópera? ou algum concerto? resposta um SMS. avô do Whatzap.
Que era ligado a telefonia.
Olha só, a gente vai aqui brincando com o tempo, nossa forma de lidar com o mundo que mudou. é instantâneo. Ful Time, Fest Fud, é isso a forma de lidar com tempo e o tempo continua 24 horas.
Então precisamos entender isso, a tecnologia é ótima veio para nos ajudar, más como toda ferramenta, todo instrumento temos que saber usar, para o progresso, para a felicidade, para o amor, para nosso desenvolvimento pessoal.
Gosto de dar exemplo de instrumento, que todos nós conhecemos e temos em nossas casas, que deixa isso bem claro; vamos pegar aqui o exemplo: uma faca.
a faca é um instrumento bom ou mal? depende do uso; coloca na mão de um cozinheiro de um cheff, o que vai sair; aqui tem tradição de gastronomia.
Vai sair algo delicioso. O cheff sabe fazer bom uso dessa faca.
Agora pega essa mesma faca e poem nas mãos de um homicida, o que ele vai fazer? um instrumento para tirar a vida de alguém. aí a faca leva a culpa, uma arma branca.
É uma arma branca, é uma contravenção portar uma faca na cintura, e o problema não é faca é quem usa; então a faca como instrumento igual a tecnologia.
Então precisamos como usamos a tecnologia, tudo bem até aí?
O talento é o tempo, e o uso do que fizermos no nosso tempo, vamos ter que prestar contas para o senhor.
Esse senhor é a nossa consciência. Esse senhor não é um senhor externo de uma grande fazenda, ou de um grande latifundiário a quem servimos, é uma metáfora.
O senhor da passagem é a nossa consciência, que vai nos perguntar assim: O que você fez do tempo de trabalho na terra, cem anos, quarenta anos, vinte anos, fizeram bom uso?
Humberto de Campos diz: através do Chico Xavier que nosso talento é a nossa profissão, aquilo que sabemos fazer, são os nossos fazeres, nossas praticas.
Olha só, como Humberto de Campos, abre um panorama para a gente pensar no nossos talentos, que Deus deu a cada um de nós, cada um de nós sabe fazer alguma coisa, e qual é o uso que estamos fazendo do nosso talento? daquilo que a gente sabe fazer.
Outro dia, semana passada conversei com um jornalista, e qual é o talento de um jornalista? reportagens, notícias, informações, ele é um comunicador social.
Ele me dizia assim: durante todo o meu tempo de profissão eu sempre procurei escrever algo que pudesse ser bom para as pessoas, que pudesse tocar as pessoas, que fosse construtiva, mesmo que fosse uma notícia triste eu tentava mostrar naquela tristeza algo de positivo que pudesse nos ensinar alguma coisa com aquela informação.
Será que esse senhor está fazendo bom uso do seu talento? que Deus lhe deu, usando os meios de comunicação para divulgar as notícias com enfoque positivo, com algo útil, bom, verdadeiro?
Podemos lembrarmos dos crivos de Sócrates, que são tão utilizado no movimento espírita.
Um discípulo em Atenas chegou pra ele: Mestre, Mestre, Mestre tenho algo a te contar, acabou de acontecer.
Sócrates: Calma, espera aí, antes de me dizer já passou pelos crivos da razão?
Que são eles? São: O que vai me dizer é verdadeiro? não sei, vou te contar o que me contaram. ouvi dizer que é verdade.
O que vai me dizer é útil? serve para alguma coisa? tem alguma utilidade? para mim para você ou para humanidade? não mestre.
Meu jovem me diz se pelo menos, é algo bom? não, é horrível.
Então se não é verdadeiro, não é útil, não é bom, eu nem quero ouvir.
interessante o bom uso da nossa profissão, dos nossos talentos e se perguntarmos aqui cada um de nós e teremos oportunidade de pegar vários depoimentos diferentes.
Interrompe uma
senhora na plateia e fala: deixa eu te Perguntar: A dona de Casa, que trabalha
40 anos dentro de casa, cuidando para fazer as coisas doméstica, passar,
cozinhar, ela entra nesse caso dos talentos.
Qual o seu nome? Áurea;
Que pergunta boa, olha só. Áurea, ouro, esse é um talento de ouro, porque o
inicio de nossas vidas, das nossas famílias das nossas sociedades, estão no lar,
então essa trabalhadora, servidora do senhor que dedica ao lar, a família, aos
filhos, a educação, são as nossas mães, nossas primeiras educadoras, são a base
da sociedade, são os esteios da família, está muito difícil encontrar um
talento mais valioso que esse Áurea, eu lhe digo que vale mais que ouro.
Sabe porque gente é
um serviço que só é renumerado com amor e com gratidão e as vezes essas mesmas mães
servem a vida inteira e ainda assim, abnegadas e não exigem nada em troca.
As vezes nem recebem de
volta o amor que deram, nem o reconhecimento nem a gratidão. Mesmo assim
continuam amando.
É um amor
incondicional, é um amor serviço, esse amor que nos aproxima de Deus, que não
requerem reconhecimento. Porque quando
amamos requerendo retribuição, reconhecimento, há nesse amor um tanto de
egoísmo.
Más quando se ama sem
querer nada de volta é o amor abnegação, é amor altruísmo, então Áurea, esse
talento de ser mãe, esposa, educadora, alicerce do lar, é um amor em comensurável.
Quem concorda comigo.
Meus Irmãos, na parábola
dos talentos, na administração do tempo as nossas agendas, antigamente eram de
papel, nos organizávamos num dia para saber o que iriamos fazer no dia seguinte
e anotava nossas tarefas, diárias, semanais, mensais. Hoje nossas agendas são eletrônicas,
ela que nos lembra nossos compromissos, o que precisamos dentro do nosso tempo.
Gostaria de fazer
algumas perguntas para vocês.
Quantas vezes você
aparece na sua agenda? Ouviu-se grilos, nem uma.
Colocamos na agenda
trabalho, família, compromissos nas casas espíritas, compromissos sociais,
nossos lazeres, nossos boletos para pagar, esses todos os dias entram na fila.
As vezes são os
primeiros compromissos do dia é pagar o boleto, entra todo mundo na fila.
Más nós muitas vezes
esquecemos de nos colocar nessa agenda e ao final de nossa existência, os
senhores de nossa consciência vão nos tomar conta da nossa administração,
mordomo dá conta da tua mordomia, administrador dá conta da tua administração e
você vai administrar o tempo e a sua consciência vai perguntar a você mesmo: o
que fez do seu tempo?
Será que há tempo
perdido? Já observaram que aqui nesse plano que aqui estamos cada segundo que
passa não volta mais, ele pode voltar em outro momento em outra circunstância,
más aquele segundo não volta, já passou de novo.
O professor Allan
Kardec, anota de que no tempo de Deus, na verdade não existe, ele é atemporal,
porque o presente de Deus está no futuro e no passado, tudo ao mesmo tempo,
porque Deus não tem tempo, ele sempre existiu, sempre existirá. Não foi criado;
e nós outros que fomos criados, criatura de Deus, encarnado há sim um tempo,
porque a nossa encarnação tem prazo de validade, estaremos aqui algum tempo.
Quando cumprirmos
nossa missão nós vamos embora, é fato que de acordo com uso que fizermos do
nosso tempo, do talento nós podemos prolongar nossa existência terrena ou até
abrevia-la.
Vamos pegar esses
dois exemplo, no evangelho Segundo Espiritismo, Allan Kardec, traz o
ensinamento de Pascal que nos fala acerca dessa nossa realidade temporária aqui
no planeta, somos transeuntes e estamos aqui de passagem, más podemos adiar
nosso retorno a vida espiritual ou podemos antecipar.
Exemplo: se fizermos
bom uso do nosso tempo do nosso talento, Deus pode permitir que outros talentos
nos seja concedido, outros tempos acrescidos.
E aí temos uma
espécie de moratória em nosso tempo e podemos ficar aqui mais tempo se a nossa existência
estiver sendo útil para nós e pros outros e para humanidade.
Tem muitos casos
assim, pessoas que tinham um planejamento lá no mundo espiritual, isso existe,
os espíritos nos dizem que antes de virmos para a matéria, nós fazemos um plano
e nesse plano existe um fator temporal para a vida orgânica, para a vida do
corpo e aí nós chegamos aqui na terra e cumprimos bem esse nosso papel,
cumprimos nosso plano espiritual, esse plano reencarnatório e podemos acrescer
algum tempo e prolongar nossa vida.
Principalmente quando
estamos fazendo o bem.
O Chico Xavier, tem
uma passagem muito curiosa que diz assim: quando entre “o anjo da morte” veio
nos Ceifar a vida orgânica e ele chega e nos encontra fazendo a caridade, ele
adia o compromisso de nos levar.
Então vamos fazer a
caridade, apesar de sejamos espíritas e saibamos da realidade da vida
espiritual fora do corpo, na hora de darmos nosso testemunho, sempre temos
muita dificuldades. Vamos ver se isso é verdade.
Vamos fazer uma enquete;
Quem gostaria de encerrar o tempo hoje nessa encarnação? Abandonar o corpo e se
libertar do corpo, levando uma vida de espírito; eu estou oferecendo para vocês
cativos a liberdade.
Alguém aqui quer o
alvará de soltura? Ninguém quer.
Fiquei frustrado
agora; O Daniel é da área de direito, você já viu algum preso não querer o
alvará de soltura? Todos querem, chega lá no presídio e não existe um que seja
merecedor de ficar lá, são todos inocentes, todos querem a liberdade, ninguém
cometeu crime nenhum.
Vamos trazer para cá e os espíritos nos dizem
que o corpo físico é uma prisão para o espírito, é um cárcere. Ainda assim nós
encarcerados, resistimos e não queremos a liberdade.
Porque ainda temos
medo da morte ainda. A morte é um fenômeno natural vai chegar para todo mundo.
Vamos fazer outra
enquete; quem aqui encarnado com mais de 150 anos? 140? 130? 120? 110? Vá lá
100? Kkk
Não desço mais que
isso.
Observem todo mundo
um dia vai abandonar o corpo, todos tem um tempo para viver na terra, quando o
corpo morrer nós vamos continuar a viver fora do corpo como espírito e a nossa consciência
vai nos perguntar o que fizemos do nosso tempo do nosso talento.
É por isso que temos
que aparecer em nossa agenda, cuidar de nós mesmo, de nós enquanto almas,
afinal a alma não é o espírito que vive num corpo?
Pararam para observar
o lema da feira do livro espirita? Olha lá, a educação da alma é a alma da educação.
Daniel (psicólogo); comentou
que aplicou essa intervenção em um paciente: Coloque seu nome na sua agenda.
Ele perguntou: Como eu coloco meu nome na agenda? Fazendo algo para você.
Faça uma atividade
física, uma arte, algo que vá te preencher.
Algo sublime que o
Dr. Freud, sublimação dos desejos, então fazer algo pra gente, coisa que o ser
humano não consegue, que é fazer algo para ele mesmo; estar sempre servindo e
esquece dele próprio.
Ao trabalho, a
família, e esquece de seus próprios gostos. Temos que ter esse cuidado.
Inclusive Daniel,
você falando isso podemos lembrar do Sto. Agostinho, que deveríamos diariamente
passar em revista, tudo aquilo que fizemos durante o dia, aquilo que fizemos de
bem de bom, útil e verdadeiro.
Devemos repetir no
dia seguinte, cuidando também de nós e dos outros, porque o amor a Deus, é ao
próximo e a si mesmo.
Quem não si ama, como
vai conseguir amar o próximo?
É o auto cuidado, que
é muito importante.
E para isso podemos
estudar, orar, meditar, trabalhar em prol de nós mesmo e do próximo.
Com isso teremos mais
consciência do que estamos fazendo do nosso tempo, mais consciência dos nossos
talentos.
Colocamos aqui o
talento do tempo e da profissão, más podemos colocar muitos outros; nosso tempo
é exíguo e o nosso tempo aqui de palestra também é limitado e temos que
respeitar o tempo de todo mundo.
E gostaria de
caminhar para final, só colocando mais um talento nessa nossa reflexão que é o
talento virtude.
Já observaram quais
são as virtudes que nos move? Porque a virtude nos motiva no sentido de dar
movimento e gostaria agora fazer um exercício.
Pegando a deixa do
Daniel que é Psicólogo, de nós identificarmos em nós uma virtude, um
sentimento; será que já estamos educados para isso?
Quando eu pergunto
para a pessoa: Qual a sua virtude? O que você tem de bom? A pessoa fica me
olhando assim, sem saber.
Eu olho para mim e só
vejo defeito; só vejo dificuldades, vícios, limitações; penso olhando para mim,
fazendo análise bem crítica, penso que não tenho virtude nenhuma.
Já ouviram gente
assim? Será que vocês já pensaram isso de você mesmo um dia?
Fomos criados por
Deus, e ele criou a partir dele mesmo, todas as potencialidades divinas estão em
nós.
Então como pode ter
em nós só defeitos? Se fomos criados imagem e semelhança de Deus; fomos criados
na matéria prima de Deus, onde estão todas as virtudes. Então eu queria nesse derradeiro minuto,
pedir a você que olhe para dentro de si mesmo. Qual a virtude que você encontra
em seu coração?
Coração sede de tua
alma, a partir desta virtude que você identificou, você pode multiplicar os
seus talentos.
Porque nós podemos
multiplicar daquilo que temos de bom, aí você vai ficar aqui na terra por mais
vinte anos, mais quarenta anos, ficará na terra mais cem anos. Vai prestar contas ao senhor, a sua
consciência, de tudo aqui que você fez, por todo seu aprendizado no seu
desenvolvimento.
Vai voltar a
liberdade do mundo espiritual melhor do que quando aqui chegou.
Muita luz, muita Paz.
Se quiser ouvir a
palestra na integra segue o link: https://youtu.be/3RzcJ6-NN4?si=MBNdfCzCP14UeBJ,
da XXV feira do Livro Espírita