terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Qual a Lição da Pandemia?

 

Qual a Lição da Pandemia?

O ano começou com anunciado que estava acontecendo algo inesperado no oriente, bem do outro lado do mundo, uma doença que se alastrava com a rapidez de tsunamis, ceifando almas, devastando a economias sólidas de países desenvolvidos.

Chegamos a acreditar que jamais chegaria aqui ocidente, trazendo aquele caos cinematográfico que contemplamos nas telas Hollywoodianas, coisas insanas e inimagináveis.

O mundo globalizado de informações viajando na velocidade da internet, assim chegou de mansinha e fez suas primeiras vitimas logo após o carnaval.

O brasileiro otimista até subjulgou superior aquela que já se mostrava pairando sobre o ar, invisível ao olhar deslumbrado com tanta beleza, acostumado a levar tudo na ginga com os toques de um bom samba.

É chegado março, com chuvas encerrando o verão, trouxe muitas inundações e muitas foram às casas devastadas com a intensidade exageradas de águas em suas estruturas.

Abril o crescimento de casos confirmados para Covid-19, agora já faziam parte da nossa rotina em analisar os dados crescentes das linhas gráficas, que fizeram com que as autoridades tomassem medidas preventivas para conter o surto que instalava.

Maio; empresários convocados a tomarem medidas trágicas, fechamento por tempo indeterminado, como um toque de recolher.

Abril, maio, junho e julho, foram meses de incerteza aonde nuvens negras pairavam sobre nossas cabeças; muitos deixaram de viver com medo da morte.

Outros fecharam em seus lares com seus afetos, consumido de pânico com medo de ser o fim da existência humana.

Voltaram a Deus, rogando preces calorosas de arrependimento, clamando novas oportunidades para continuarem suas trajetórias, prometendo melhor conduzir.

Agosto, setembro e outubro; alguns começaram a retornar as atividades com certas restrições, para manter seus empregos e zelando pelas instalações.

Novembro mês de eleição, aqueles corruptos e audaciosos colocaram suas máscaras e foram fazer o que melhor fazem.

Promessas vazias de futuros empregos, melhores condições de saúde e planejamento de mudanças; coisas que estariam em pauta, somente em campanhas enganatórias.

Houve muita compra de voto, tráfico de influência, tapinhas nas costas; coisas da velha e nojenta política.

Parecia que havia encontrado a vacina contra o vírus, que imunizava as pessoas somente neste período político.

Chegamos Dezembro, com ele grandes filas da Caixa Econômica em busca dos resíduos distribuídos pelo governo, aqueles de baixa renda, colendo seus auxílios.

Expectativas do fim de ano, em busca do 13º. Salários e festas mais contidas, esperando para fecharmos com saldos positivos com parâmetros de acontecimentos tão negativos.

Voltamos à retrospectiva do ano, interrogamos a nossa consciência com relação á fé que devotamos a Deus.

Foram muitos os desafios com professores implacáveis que testaram a paciência e a sensatez, exigindo esforços sobre humano para caminhar dentro de um ano cheio de diversidades.

Famílias confinadas em seus leitos, convivendo pela primeira vez de maneira efetiva, com oportunidade para conhecer a si mesmo.

Infelizmente nem todas as pessoas estavam preparadas para conviver consigo mesmo e se perderam, muitos foram os lares desfeitos, muitas decepções amorosas, pois só o amor é capaz de suportar as cargas trazidas neste ano.

Paixão é uma doença do amor, que gosta em demasia do que é bom e não consegue viver com o lado negativo.

Aceitar as limitações do companheiro, ausência da paciência e não gosta de ser contrariado.

Lembro-me de uma personagem que fez muito sucesso no inicio da pandemia, que se denominava Bocuda, trazendo a tônica de nos conhecermos intimamente.

As redes sociais eram uma ferramenta disponível e as pessoas não tinham o que noticiar, pois estavam vazias em si mesmas.

Não havia mais aqueles momentos de selfs, fotos de impactos para retratar suas fantasias de vida perfeita, para exibir no facebook.

Aprendemos nos comunicar através de lives, vídeos conferências, são novos tempos e temos que nos adaptarmos.

Agora convivendo com escolhas que fizemos e vamos adentrar o novo ano, para reescrever novas experiências, adaptados em novas modalidades de usos de álcool e higienização das mãos.

Muitas foram às lições deste ano que ficaram gravadas em nossa trajetória, como sendo um ano de grandes conquistas de fórum intimo.

Conhecemos nossas limitações e por vezes fomos testados, demonstrando o quanto ainda precisamos progredir espiritualmente.

Com relação a nossa fé?!;  Será que por algum momento duvidamos da existência de Deus?

O “porque” passamos por tantas coisas negativas?

São prerrogativas que faremos intimamente, agradecendo a Deus reforçando a fé inabalável que ainda detemos ou desconstruiremos totalmente a virtude que nos resta. Esperança.

Assim adentraremos o novo ano com ânimo redobrado em conceitos edificantes em busca da sublimação ou estaremos jogados a própria sorte esperando a hora de devolver a terra aquilo que vergou como corpo.

A escolha sempre foi individual, e cada um segundo suas convicções e assim convido a refletir, quais as lições extraídas neste ano bendito.

Temos o livre arbítrio para agir pensar sentir, a colheita será obrigatória e exclusiva, colhemos aquilo que plantamos.

Para aqueles que acreditam na imortabilidade da alma, sabemos que o espírito tem um passado, e que estamos em colheita de equívocos dentro da existência espiritual, em que Deus nos concede sempre novas oportunidades, devido ao seu incondicional Amor.

Há também o consolo, que está em cada amanhecer em que tudo se renova com oportunidade única para fazer o que é certo, tendo a fatalidade de uma colheita próspera em novas oportunidades.

 O que é um minuto dentro da eternidade?

Como aquilatar o tempo de modo efetivo e dinâmico?

Há uma receita fácil e bem didática dos amigos espirituais; consiste no esforço de domar às más inclinações e procurar viver o dia no esforço de fazer melhor que ontem, o futuro é o resultado de suas ações acertadas.

Viva hoje com intensidade, permita sentir, tenha ouvidos a ouvir a melodia do silêncio, sinta a natureza que vibra em te mostrar, os pequeninos que não ceifa e estão a cantar na alegria de um novo dia chegar.

Muita luz em suas escolhas e aproveite a oportunidade bendita da vida.