Qual a Lição da Pandemia?
O ano começou com anunciado que
estava acontecendo algo inesperado no oriente, bem do outro lado do mundo, uma
doença que se alastrava com a rapidez de tsunamis, ceifando almas, devastando a
economias sólidas de países desenvolvidos.
Chegamos a acreditar que jamais
chegaria aqui ocidente, trazendo aquele caos cinematográfico que contemplamos
nas telas Hollywoodianas, coisas insanas e inimagináveis.
O mundo globalizado de informações
viajando na velocidade da internet, assim chegou de mansinha e fez suas
primeiras vitimas logo após o carnaval.
O brasileiro otimista até subjulgou
superior aquela que já se mostrava pairando sobre o ar, invisível ao olhar
deslumbrado com tanta beleza, acostumado a levar tudo na ginga com os toques de
um bom samba.
É chegado março, com chuvas
encerrando o verão, trouxe muitas inundações e muitas foram às casas devastadas
com a intensidade exageradas de águas em suas estruturas.
Abril o crescimento de casos confirmados
para Covid-19, agora já faziam parte da nossa rotina em analisar os dados
crescentes das linhas gráficas, que fizeram com que as autoridades tomassem
medidas preventivas para conter o surto que instalava.
Maio; empresários convocados a
tomarem medidas trágicas, fechamento por tempo indeterminado, como um toque de
recolher.
Abril, maio, junho e julho, foram meses
de incerteza aonde nuvens negras pairavam sobre nossas cabeças; muitos deixaram
de viver com medo da morte.
Outros fecharam em seus lares com
seus afetos, consumido de pânico com medo de ser o fim da existência humana.
Voltaram a Deus, rogando preces
calorosas de arrependimento, clamando novas oportunidades para continuarem suas
trajetórias, prometendo melhor conduzir.
Agosto, setembro e outubro; alguns começaram
a retornar as atividades com certas restrições, para manter seus empregos e zelando
pelas instalações.
Novembro mês de eleição, aqueles
corruptos e audaciosos colocaram suas máscaras e foram fazer o que melhor
fazem.
Promessas vazias de futuros empregos,
melhores condições de saúde e planejamento de mudanças; coisas que estariam em
pauta, somente em campanhas enganatórias.
Houve muita compra de voto, tráfico
de influência, tapinhas nas costas; coisas da velha e nojenta política.
Parecia que havia encontrado a vacina
contra o vírus, que imunizava as pessoas somente neste período político.
Chegamos Dezembro, com ele grandes
filas da Caixa Econômica em busca dos resíduos distribuídos pelo governo, aqueles
de baixa renda, colendo seus auxílios.
Expectativas do fim de ano, em busca
do 13º. Salários e festas mais contidas, esperando para fecharmos com saldos
positivos com parâmetros de acontecimentos tão negativos.
Voltamos à retrospectiva do ano,
interrogamos a nossa consciência com relação á fé que devotamos a Deus.
Foram muitos os desafios com
professores implacáveis que testaram a paciência e a sensatez, exigindo
esforços sobre humano para caminhar dentro de um ano cheio de diversidades.
Famílias confinadas em seus leitos,
convivendo pela primeira vez de maneira efetiva, com oportunidade para conhecer
a si mesmo.
Infelizmente nem todas as pessoas
estavam preparadas para conviver consigo mesmo e se perderam, muitos foram os
lares desfeitos, muitas decepções amorosas, pois só o amor é capaz de suportar
as cargas trazidas neste ano.
Paixão é uma doença do amor, que
gosta em demasia do que é bom e não consegue viver com o lado negativo.
Aceitar as limitações do companheiro,
ausência da paciência e não gosta de ser contrariado.
Lembro-me de uma personagem que fez
muito sucesso no inicio da pandemia, que se denominava Bocuda, trazendo a
tônica de nos conhecermos intimamente.
As redes sociais eram uma ferramenta disponível
e as pessoas não tinham o que noticiar, pois estavam vazias em si mesmas.
Não havia mais aqueles momentos de
selfs, fotos de impactos para retratar suas fantasias de vida perfeita, para
exibir no facebook.
Aprendemos nos comunicar através de
lives, vídeos conferências, são novos tempos e temos que nos adaptarmos.
Agora convivendo com escolhas que
fizemos e vamos adentrar o novo ano, para reescrever novas experiências,
adaptados em novas modalidades de usos de álcool e higienização das mãos.
Muitas foram às lições deste ano que
ficaram gravadas em nossa trajetória, como sendo um ano de grandes conquistas
de fórum intimo.
Conhecemos nossas limitações e por
vezes fomos testados, demonstrando o quanto ainda precisamos progredir
espiritualmente.
Com relação a nossa fé?!; Será que por algum momento duvidamos da existência
de Deus?
O “porque” passamos por tantas coisas
negativas?
São prerrogativas que faremos
intimamente, agradecendo a Deus reforçando a fé inabalável que ainda detemos ou
desconstruiremos totalmente a virtude que nos resta. Esperança.
Assim adentraremos o novo ano com
ânimo redobrado em conceitos edificantes em busca da sublimação ou estaremos
jogados a própria sorte esperando a hora de devolver a terra aquilo que vergou
como corpo.
A escolha sempre foi individual, e
cada um segundo suas convicções e assim convido a refletir, quais as lições extraídas
neste ano bendito.
Temos o livre arbítrio para agir
pensar sentir, a colheita será obrigatória e exclusiva, colhemos aquilo que
plantamos.
Para aqueles que acreditam na
imortabilidade da alma, sabemos que o espírito tem um passado, e que estamos em
colheita de equívocos dentro da existência espiritual, em que Deus nos concede
sempre novas oportunidades, devido ao seu incondicional Amor.
Há também o consolo, que está em cada
amanhecer em que tudo se renova com oportunidade única para fazer o que é
certo, tendo a fatalidade de uma colheita próspera em novas oportunidades.
O que é um minuto dentro da eternidade?
Como aquilatar o tempo de modo
efetivo e dinâmico?
Há uma receita fácil e bem didática dos
amigos espirituais; consiste no esforço de domar às más inclinações e procurar
viver o dia no esforço de fazer melhor que ontem, o futuro é o resultado de
suas ações acertadas.
Viva hoje com intensidade, permita
sentir, tenha ouvidos a ouvir a melodia do silêncio, sinta a natureza que vibra
em te mostrar, os pequeninos que não ceifa e estão a cantar na alegria de um
novo dia chegar.
Muita luz em suas escolhas e
aproveite a oportunidade bendita da vida.